Escola sem partido, mas com ideias
*Por Circe
Cunha
Dias atrás,
numa escola classe do Varjão, o professor começou a aula escrevendo em letras
maiúsculas num canto da lousa, FTVD. Os alunos automaticamente trataram de
copiar no caderno aquelas iniciais misteriosas. Terminada a aula, uma aluna
questionou a presença daquelas iniciais que pareciam não se encaixar muito bem
no assunto ministrado em sala. O professor explicou, então, que,
invariavelmente, iniciava suas aulas escrevendo aquelas letras num canto do
quadro e que elas significavam apenas “Fora Temer, Volta Dilma”.
A turma
caiu na risada e a história, aparentemente simplória acabaria aqui, não fossem
por outras questões paralelas aí embutidas. Repercutem ainda, nos meios
educacionais e na sociedade em geral, as propostas que visam estabelecer a
chamada Escola Sem Partido. A ideia, cujo o DNA é desconhecido, ganhou força e
vida tão logo ficaram patentes para todo o mundo as reais intenções dos
governos petistas de aparelhar o Estado e transformá-lo em veículo para suas
pretensões ilimitadas de poder.
O
aparelhamento do sindicato dos professores, de um modo geral, marcou a ponta de
lança, que passou a irradiar, para dentro das salas de aula, as teses de um
socialismo do tipo caboclo, sem bases científicas ou teóricas sólidas, mas que
ambicionava, a qualquer preço, introduzir no ambiente acadêmico e,
principalmente, nas mentes em formação, o longo processo de doutrinação
necessário para a propagação do ideário trazido pelo Fórum de São Paulo e pelo
Bolivarianismo do século 21.
Na verdade,
o que as viúvas e os órfãos do lulopetismo temem é que, nas discussões
políticas feitas nas escolas públicas, o partidarismo e o falso apelo
ideológico fiquem de fora dos debates, com a discussão do assunto sendo feita
de modo puramente pedagógico, sem o falso brilhante das paixões irracionais. O
maniqueísmo criado artificialmente para separar esquerda e direita, absolvendo
uma e condenando a outra é o que se buscou desde o início, como estratégia para
introduzir o ambiente de divisão, necessário para o processo inicial
revolucionário.
A tragédia,
em todos os seus aspectos, experimentada hoje pela Venezuela, expõe, como
nenhum outro argumento, o exato sentido do que vem a ser a imposição de um
ideário fantasioso e claramente fascista, antecipando e colocando ao vivo e a
cores como seria o Brasil de amanhã, caso a nação aceitasse enveredar pelos
mesmos e tortuosos caminhos do socialismo do tipo latino-americano.
Essa
realidade ganha ainda maior materialidade e sentido à medida que se verifica o
total apoio dado pelos partidos de esquerda do Brasil à ditadura mambembe e
criminosa de Nicolas Maduro. O que se teme com a proposta de escolas sem
partidos é que esses ambientes venham a ser apenas um lugar de ideias,
discussões, uso da liberdade de expressão. Uma classe sem fórmulas preconcebidas,
muito menos sem fórmulas comprovadamente ineficazes e infelizes.
***
A frase que foi pronunciada: “Diga não à doutrinação!”
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>>>> ( goo.gl/RGYj5U
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Park Way
» Houve uma manifestação na reunião do grupo
Pensar com os moradores do Park Way que vale replicar: “O Park Way está sendo
espoliado pela nossa classe política. Os moradores vão perder a qualidade de
vida, os recursos hídricos e a paz. Mas nós não descansaremos. Continuaremos
correndo atrás dos políticos que estão arrancando as nossas penas esperando o
dia em que vierem nos pedir um bocado de milho, nas eleições. A corrupção
começa com os inocentes úteis e interesseiros gananciosos”.
Pela raiz
» A violência
está se espalhando pelos quatro cantos de Brasília. É preciso compartilhar o
telefone com os vizinhos para a prevenção pelo WhatsApp. Em casas, além disso,
é preciso que os moradores se cotizem para pagar câmeras e empresas de
seguranças. Estamos nas mãos da Secretaria de Segurança Pública. É preciso
planejar proativamente para evitar o aumento dos assaltos e mortes. Ainda há
tempo.
(*) Por Circe Cunha – Coluna “Visto, lido e ouvido” – Ari
Cunha – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google