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À QUEIMA-ROUPA: Deputado distrital Chico Leite (Rede)

Deputado distrital Chico Leite (Rede)

Sindicatos e adversários estão distribuindo fotos dos deputados que votaram a favor das mudanças na Previdência. Isso lhe prejudica politicamente?
Meu voto resultou de estudos e se baseou no interesse coletivo, não apenas no individual, ou meramente corporativo. Eventual prejuízo político não pode comprometer a independência do parlamentar, nem desviá-lo do compromisso com a sua consciência e com o interesse maior, que é o da população.

Por que votou a favor?
Tínhamos dois problemas sérios a enfrentar: o pagamento em dia dos salários dos servidores, que já corria risco em outubro agora, e a sustentabilidade da previdência, que acumula um deficit mensal de R$ 170 milhões. Precisávamos encontrar uma alternativa urgente, que não tocasse em direitos e não reduzisse conquistas dos trabalhadores. Os governos passados foram empurrando o problema, por medo da reação dos dirigentes sindicais. Mas, para mim, quem tem receio de desgaste, na política, ou não está preparado para governar ou emprega a mentira como ferramenta  política. Eu preferi enfrentar, e propor como fiz ao longo desses anos.

O voto “não” de Joe Valle ao projeto foi uma surpresa?
Surpreendeu. Porque foi ele quem apresentou o substitutivo na reunião do colégio de líderes. Mas é preciso compreender, eis que, na presidência, tem conduzido uma gestão satisfatória, de administração de conflitos e de qualificação de rotinas. E já estivemos, pontualmente, em posições diferentes, como no Hospital de Base, em que ele votou favoravelmente à privatização, e eu contra.

O projeto era considerado muito importante pelo governo.Essa é uma demonstração de parceria eleitoral com Rollemberg?
O projeto era importante para a cidade, para os servidores e para o setor produtivo; não só para o GDF. A Rede e Marina trabalham com projetos, não com conchavos eleitorais; e fazem alianças em torno de programas, não de egos. Tenho procurado exercer um mandato independente, com coerência , exatamente para podermos, no momento necessário, oferecer a Brasília uma alternativa segura de resgate de valores e de retomada do desenvolvimento. Rodrigo é um líder correto, responsável, preocupado com os problemas da nossa capital, mas precisa transformar essas qualidades em resultados.

O deputado Joe Valle é cotado para a disputa ao Buriti.Como fica seu partido se essa possibilidade se confirmar?
É um quadro valoroso, posto em debate em razão de sua  promissora carreira na iniciativa privada e de sua densidade política. Formamos o bloco sustentabilidade e trabalho ano passado, com Rede, PV e PDT, para dialogar com as pessoas de bem da cidade. E temos tentado construir um caminho, com a cautela de nos unir em causas comuns, com ideias e propostas, sem antecipar nomes ou precipitar datas.

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Um ano para as eleições 
A campanha para 2018 já está nas ruas, em todas as ações políticas, em cada conversa de bastidor e em várias negociações para a formação de chapas. Mas, agora, a um ano das eleições, numa nova fase do governo Rollemberg, os movimentos vão se acentuar. A briga é para a construção de alianças. 

Em jogo, o tempo de televisão numa campanha curta, de somente 45 dias, e sem doações de empresas. Mas as regras não estão definidas, principalmente para as disputas de deputados. Dependem da Reforma Política em discussão no Congresso. Enquanto isso, os pré-candidatos se preparam para chegar bem colocados na corrida ao eleitor.


Por Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Foto: Barbara Cabral/CB/D.A.Press – Correio Braziliense

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