Reforma administrativa à vista
Rodrigo Rollemberg (PSB) volta amanhã da Bahia e
pretende reunir sua equipe para tratar de desincompatibilizações. Ele e seus
aliados precisam definir candidaturas, para saber quem fica até o último dia de
2018 e quem sai até o início de abril para concorrer nas próximas eleições. É
um dilema. Rollemberg precisa manter a máquina funcionando bem, mas quer um
time forte para disputar cargos públicos e defender o governo na campanha. Por
isso, mesmo secretários com perfil técnico estão sendo incentivados a se
candidatar. A avaliação é de que a campanha à reeleição precisa de
interlocutores que defendam as realizações do governo. Será uma reforma
administrativa, com mudanças no secretariado, nas administrações regionais e
nas empresas públicas.
Espaço
Nas mudanças, o governador Rodrigo Rollemberg (PSB)
terá de definir o espaço dos partidos aliados. Serão três meses de negociações.
Uma aposta
Entre os técnicos mais ouvidos por Rodrigo
Rollemberg, está a secretária de Planejamento, Orçamento e Gestão, Leany Lemos.
A ela, Rollemberg atribui grande parte do sucesso do ajuste fiscal que está
sendo realizado. Por isso, integrantes do governo avaliam que Leany seria uma
aposta eleitoral do governador. Até para um cargo majoritário.
Bons interlocutores
Outros nomes também aprovados por Rollemberg são o
secretário de Cultura, Guilherme Reis, e o presidente da Terracap, Julio César
Reis. Ambos seriam importantes interlocutores em suas respectivas áreas porque
são respeitados. Julio nega pretensão: “Este governo tem muitos quadros
técnicos qualificados e aptos a disputar eleições”, afirma. Ele acredita que o
sucesso da regularização de condomínios decorre, principalmente, de seu
trabalho descolado de pretensões eleitorais. Nessa lista, está também o
secretário de Educação, Julio Gregorio. A área, estratégica, precisa ser
mostrada como uma vitrine no corpo a corpo com o eleitor.
Candidatíssimo
Entre os candidatos declarados, está o adjunto de
Ciência e Tecnologia, Thiago Jarjour, que pretende concorrer a uma vaga na
Câmara Legislativa. Mesmo destino deve ter o secretário de Infraestrutura e
Obras, Júlio Menegotto
Voo alto
A secretária de Esporte e Turismo, Leila Barros,
também deixará o governo para disputar eleição. No meio político, ela é
apontada como uma possível vice ou candidata ao Senado. Na última eleição, ela
concorreu a um mandato de deputada distrital.
Na disputa pela Câmara Federal
O secretário de Meio Ambiente, Igor Tokarski, deve
deixar o cargo para concorrer à Câmara dos Deputados. Ele está entre os aliados
leais de Rodrigo Rollemberg.
Dos bastidores para a campanha aberta
Poucos integrantes do governo têm uma relação de
tamanha identidade como a vida política de Rodrigo Rollemberg como o secretário
de Cidades, Marcos Dantas. Ele sempre atuou nos bastidores e como membro do
comando do PSB/DF. Mas, agora, deve fazer campanha para uma vaga na Câmara dos
Deputados.
Na linha sucessória
O desembargador Romão Cícero de Oliveira, do
Tribunal de Justiça do DF e dos Territórios, que deve ser eleito em março para
a Presidência do órgão, pode chegar a assumir interinamente o GDF em caso de
viagens do governador Rollemberg, se o vice Renato Santana renunciar ao mandato
para concorrer. Como o presidente da Câmara, Joe Valle (PDT), também será
candidato, apenas o magistrado poderá assumir o cargo na ausência de
Rollemberg.
Humberto Fonseca: “Não sou candidato”
Para encerrar rumores de que pretende se candidatar
a algum cargo público, o secretário de Saúde, Humberto Fonseca, publicou em seu
perfil no Facebook um desmentido a essa possibilidade. Ele diz que muitas
pessoas identificam suas prestações de contas nas redes sociais como promoção
de uma candidatura. Mas Humberto esclarece: “Não sinto o chamado, não tenho
vocação, interesse ou vontade. Minha força é técnica. Portanto, não sou
candidato”.
Fonte: Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” –
Correio Braziliense