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Cuidado extra com o celular no carnaval

Cuidado extra com o celular no carnaval Festas com aglomeração de pessoas favorecem a prática de pequenos delitos, alerta a Secretaria da Segurança Pública. Foliões devem estar atentos aos bens pessoais

*Por Jéssica Eufrásio

O aparelho de Mateus Medeiros foi retirado do bolso da frente de sua bermuda
Eventos com grande número de pessoas, como o carnaval, podem favorecer a prática de pequenos furtos incentivada pelo descuido dos foliões. O levantamento mais recente da Secretaria da Segurança Pública e da Paz Social (SSP-DF), sobre furto de celular, indicou que de janeiro a dezembro de 2017, mais de 9.370 ocorrências desse tipo foram registradas em todo o Distrito Federal.

Por isso mesmo, com a chegada da festa do momo, é necessário tomar cuidado extra com os bens pessoais. A SSP-DF destaca que furtos acontecem por oportunidade. A pasta recomenda que as pessoas não deixem celular à mostra ou no bolso de trás da calça e que redobrem a atenção em shows, ônibus e em locais onde exista aglomeração de pessoas.

Além disso, a secretaria reforça a importância do registro da ocorrência, em caso de furtos ou roubos. “É por meio das ocorrências que a SSP-DF elabora relatórios indicando dias, horários e locais de maior incidência dos crimes e, com isso, orienta o trabalho da Polícia Militar, no policiamento ostensivo, e da Polícia Civil, na desarticulação de quadrilhas especializadas e receptadores dos aparelhos”, destacou a pasta em nota.

No pré-carnaval, o educador físico Mateus Medeiros, 25 anos, teve o celular furtado em um bloco na Asa Norte. Ele conversava com um grupo de amigos e havia acabado de guardar o aparelho no bolso da frente da bermuda, logo em seguida, Mateus não sentiu mais o telefone. “Tentei ligar para ver se achava, mas ninguém atendia. Amigos que passaram por situações parecidas disseram que a ação é muito rápida, às vezes imperceptível”, contou.

Mateus foi à delegacia, registrou um boletim de ocorrência e solicitou o bloqueio da linha, mas não recuperou o aparelho. A estudante universitária Marina Torres, 21, enfrentou situação parecida. A jovem participava de um bloco próximo ao Museu da República quando teve o celular furtado. Ela estava em um local com aglomeração e, em seguida, percebeu que o zíper da sua bolsa estava aberto. “Levaram meu celular, cartão e dinheiro. Só deixaram minha chave e a identidade. Não fiz o boletim de ocorrência, mas bloqueei o aparelho pela internet”, detalhou Marina. Ela acrescentou que o celular tinha apenas seis meses de uso e que ficou com seis outras parcelas para pagar. No ano passado, o atendente de lanchonete Felipe da Silva, 22, também foi surpreendido. Ele tentou evitar o problema colocando todos os bens em uma pochete carregada em frete ao corpo. Ainda assim, o rapaz foi furtado no momento em que centenas de pessoas se aglomeraram. “Havia empurra-empurra e, quando sai da aglomeração, vi que meu celular não estava mais dentro da pochete. Só minha carteira”, relembrou.

Sequestro relâmpago
A especialista em segurança pública e professora da Universidade Católica de Brasília (UCB) Marcelle Figueira reforça as recomendações da SSP-DF e salienta algumas com foco no período de carnaval. Ela explica que, em blocos, muitas pessoas se percebem anônimas e aproveitam a oportunidade para praticar delitos que não cometeriam em outras ocasiões. “É necessário ter atenção especial, porque isso faz parte da própria dinâmica de eventos como esse e com a multidão, é mais difícil identificar quem cometeu o ato”, explica.

A especialista recomenda guardar bens pessoais na parte interna das roupas, não fazer uso abusivo de bebidas alcoólicas a ponto de se colocar em situação de vulnerabilidade, evitar espaços mal iluminados, dar preferência por deslocamentos em grupo e manter distância de pontos de confusão.

Por fim, ela ressalta a possibilidade de ocorrências de sequestro relâmpago. “É bom evitar conversar ou namorar embaixo de blocos ou em carros, especialmente nas entrequadras ou em locais com pouca iluminação. Essas são situações que não têm, necessariamente, a ver com segurança pública, mas com a preservação pessoal e dos demais. Assim, todos podem se divertir sem se colocar em risco”, observa.

Diversão com segurança
»
Não ande com aparelhos eletrônicos à mostra.
»Evite deixar o celular no bolso de trás da roupa.
»Não faça uso abusivo de bebidas alcoólicas.
»Evite locais mal iluminados.
»Dê preferência por deslocamentos em grupo.
»Mantenha distância de pontos de briga ou confusão.


(*) Jéssica Eufrásio - Estagiária sob a supervisão de Margareth Lourenço (Especial para o Correio Braziliense – Fotos: Google – Ana Carneiro/CB/DA.Press )

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