Após uma semana de agenda intensa,
foi encerrado, na manhã desta sexta-feira (23), o 8º Fórum Mundial da Água. O
governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, se disse orgulhoso e agradeceu pela
confiança depositada no Brasil e na capital federal para sediar um evento desse
porte. Foto: Dênio Simões/Agência Brasília
Solenidade de encerramento ocorreu
na manhã desta sexta (23) no Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Até o fim
do dia, ainda é possível visitar a Vila Cidadã, no estacionamento do Mané
Garrincha
Após uma semana de agenda intensa,
foi encerrado, na manhã desta sexta-feira (23), o 8º Fórum
Mundial da Água. Com o tema Compartilhando
Água, a edição de Brasília, primeira no Hemisfério Sul, mobilizou público
recorde de 97.181 pessoas até a noite dessa quinta (22). A expectativa
é chegar a mais de 100 mil até o fim de hoje.
A
cerimônia de encerramento ocorreu no Centro de Convenções Ulysses Guimarães,
que reuniu a programação principal para os 10,5 mil pagantes do evento — 7 mil
brasileiros e 3,5 mil estrangeiros.
As
atividades gratuitas ficaram concentradas na Vila Cidadã, no Estádio
Nacional de Brasília Mané Garrincha, e envolveram 86.681 pessoas até ontem.
Dessas, 48 mil foram crianças, inclusive estudantes da rede pública de
ensino, e 2,7 mil, professores.
Até as 21
horas de hoje, ainda é possível visitar a estrutura de 10 mil metros quadrados
montada no estacionamento da arena esportiva.
O
governador de Brasília, Rodrigo Rollemberg, se disse orgulhoso e agradeceu ao
Conselho Mundial da Água pela confiança depositada no Brasil e na capital
federal para sediar um evento desse porte. “Brasília já está com saudade de
todos vocês. Se, para nós, a água sempre foi algo fundamental, depois do Fórum
Mundial da Água, será ainda mais”, declarou Rollemberg.
O diretor
da Agência Reguladora de Águas, Energia e Saneamento (Adasa-DF) e membro da
comissão temática do fórum, Jorge Werneck, apresentou os temas trabalhados no
Fórum da Água:
- Clima
- Desenvolvimento
- Pessoas
- Ecossistema
- Financiamento
- Ambientes urbanos
“Todos
estão conectados aos temas transversais: compartilhamento, capacitação e
governança”, explicou.
Os participantes da solenidade de
encerramento parabenizaram os mais de 600 voluntários do evento.
Outros números do 8º Fórum
Mundial da Água
As
discussões da edição brasileira do Fórum Mundial da Água atraíram, além do
público recorde, 12 chefes de Estado, 134 parlamentares e 70
ministros de 56 países. A cobertura foi feita por 1.968 profissionais
de imprensa, 150 deles estrangeiros.
O
encontro internacional criou 8 mil empregos diretos e indiretos. Além
disso, nas atividades de conscientização, foram plantadas 10.333
árvores do Cerrado.
Membro da
comissão política, o senador Jorge Viana (PT-AC) destacou o trabalho de
juristas, parlamentares e chefes de Estado em prol da água. “Estabelecemos os
objetivos de trabalhar a água como um direito humano e prioritário.” 48 mil - Quantidade de crianças que
passaram pela Vila Cidadã ao longo da semana. Os
debates do Legislativo resultaram na Declaração dos Parlamentares, texto
que sela o compromisso com o uso racional e a boa gestão da água. Outros
exemplos de documentos elaborados durante o fórum foram as Declarações
Ministerial e das Autoridades Locais.
Uma das
inovações do fórum brasileiro foi o grupo focal de sustentabilidade, que
dialoga com os objetivos de desenvolvimento sustentável da Agenda 2030 da
Organização das Nações Unidas (ONU). “Considerar a transversalidade da água é
essencial para pensamos o equilíbrio local e universal”, destacou a
representante do grupo, Marina Grossi.
No
discurso de agradecimento, a brasileira Tatiana Silva, representante da
juventude do Conselho Mundial da Água, definiu o fórum como um ambiente de
esperança em um futuro com água e saneamento de qualidade para todos.
"Atingimos plenamente nosso objetivo, de forma
inclusiva e com resultados positivos que vão reverberar no futuro" -(Benedito
Braga, presidente do Conselho Mundial da Água)
“Temos
que investir em um ambiente mais representativo e diverso, para que assim
consigamos atingir ainda mais pessoas com o tema”, sugeriu para a próxima
edição.
O
presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, agradeceu a todos pelo
empenho e destacou o envolvimento político e a participação cidadã no evento.
“Atingimos plenamente nosso objetivo, de forma inclusiva e com resultados
positivos que vão reverberar no futuro”, defendeu.
Ao fim da
cerimônia, a colaboradora do governo Márcia Rollemberg entregou a Benedito
Braga um compromisso assinado ontem (22) na sessão especial Água e
Espiritualidade: um Encontro com o Sagrado.
Mediado
por Márcia, o painel reuniu representantes de diversas matrizes religiosas para
abordar o tema do compartilhamento de água.
Nona edição do Fórum Mundial da
Água será em Dacar
O fórum
ocorre a cada três anos e já passou por Daegu, na Coreia do Sul (2015);
Marselha, na França (2012); Istambul, na Turquia (2009); Cidade do México, no
México (2006); Kyoto, no Japão (2003); Haia, na Holanda (2000); e Marrakesh, no
Marrocos (1997).
A nona
edição, em 2021, será em Dacar, no Senegal, e terá como tema Segurança Hídrica
para Paz e Desenvolvimento.
Na
cerimônia desta sexta, representaram o Brasil na passagem da bandeira para a
comissão do Senegal o governador Rollemberg, a diretora da Agência Nacional de
Águas (ANA) Cristiane Dias Ferreira, o diretor-presidente da Adasa-DF, Paulo
Salles, o presidente do Conselho Mundial da Água, Benedito Braga, e o
diretor-executivo do fórum mundial, Ricardo Andrade.
Criado em
1996 pelo Conselho Mundial da Água, o fórum foi idealizado para estabelecer compromissos
políticos acerca dos recursos hídricos.
Em
Brasília, ele foi organizado pelo Conselho Mundial da Água, pelo governo local
— representado pela Adasa-DF — e pelo Ministério do Meio Ambiente, por meio da
ANA.
Galeria de Fotos : - ( https://goo.gl/eF2WPR )
Agência Brasília