Eduardo Brandão, Presidente do PV/DF
“Nosso apoio ao projeto da reeleição do Rodrigo é
definitivo”
O PV está fechado com Rollemberg?
Está comprometido.
O que significa isso?
Significa que a gente entende que esse é o campo
programático e político que o PV deve estar. O partido entende que a gente não
deve dividir esse campo porque enfraquece e depois de tudo o que o país passou
a gente tem que dar um segundo passo. Tem que ter valido a pena. E depende
muito mais de a população entender que nós precisamos escolher políticos
comprometidos com a boa política.
Mas existe um compromisso de que você seja o vice
do Rollemberg?
Não existe esse compromisso. O que nós colocamos é
que temos desejo de participar da formação da chapa majoritária para ajudar num
projeto maior.
Quem está com vocês nessa composição?
PSB, PV, Solidariedade, o Podemos tem participado e
acho que agora outros partidos devem vir. O lugar natural da Rede seria nessa
aliança. Mas não posso falar pelos outros partidos. Como as datas destas
eleições foram muito modificadas a gente vai acabar afunilando muito próximo de
julho. Porque hoje efetivamente o candidato que é candidato ao governo é apenas
o Rodrigo. Outros estão se colocando como possibilidade de vir a ser.
Você ainda acredita que o PDT, que foi aliado de
Rollemberg e depois rompeu, estará com vocês nas próximas eleições?
O PDT é um partido desse campo. Existe essa
possibilidade, mas depende deles. Na minha leitura, é um partido progressista,
mais à esquerda. Não haveria nenhuma dificuldade. Mas é uma decisão deles.
Se o PDT lançar um candidato ao GDF, pode balançar
o PV?
Não. Nosso apoio ao projeto da reeleição do Rodrigo
é definitivo. Por que definitivo? Porque Rodrigo é candidato natural, porque já
é governador. É muito mais fácil que outros players abram mão para que o
projeto tenha continuidade do que ele que está no meio do projeto.
Qual vai ser o tema, a bandeira que vai pegar o
eleitor nessa campanha?
Espero que seja a bandeira da honestidade. Estamos
chegando a 15 ou 20% de desempregados, as instituições desmoralizadas, tudo
isso teve um preço. A população vê o Tio Patinhas com o seu apartamento cheio
de dinheiro… Eu entendo que a ficha limpa, a honestidade e a possibilidade de
resgatar as instituições do país e a credibilidade da própria classe política
tem que ser o mote dessa campanha. Espero que os eleitores façam essa
diferenciação para que a gente possa virar essa página.
Ana Maria Campos - Coluna ~ "Eixo
Capital" - Foto: Minervino Junior/CB/D.A.Press - Correio Braziliense
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