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Eleições - DF: Disputa voto a voto


Disputa voto a voto
Com 25 dias para conquistar o eleitorado, os candidatos ao Palácio do Buriti pretendem estender, dia a dia, a agenda de campanha para ampliar o contato com a população. Os concorrentes ainda planejam encorpar as propagandas gratuitas transmitidas na tevê e no rádio — nos primeiros programas, todos deram enfoque ao histórico político e a ataques a adversários. Na visão da maioria, o jogo está aberto e pelo menos cinco postulantes têm chances de chegar ao segundo turno.

Apesar do crescimento de sete pontos percentuais em relação à pesquisa divulgada pelo Correio em 16 de agosto, Eliana Pedrosa (Pros) não pensa em diminuir o ritmo. “O resultado mostra que a gente tem que trabalhar ainda mais. É uma campanha difícil, com muitos candidatos. Isso impõe um desafio para a transmissão da nossa mensagem”, afirmou.

Na segunda colocação, Fraga, que subiu de 8,4% para 13,2% nas intenções de voto, acredita que o salto se deva à receptividade da população quanto às suas propostas e características. “Eu entrei por último na campanha. Agora, o povo está consciente de que sou cara que não mente e só promete o que pode cumprir, para depois não passar vergonha”, alegou.

Estagnado com 12,1% do apoio dos entrevistados, o governador e candidato à reeleição Rodrigo Rollemberg (PSB) disse estar confiante. “Tenho sentido a campanha crescer. Acredito que chegaremos ao 2º turno, quando, com maior tempo de tevê, teremos mais oportunidades de mostrar o que fizemos por Brasília e aquilo que defendemos.” O socialista viu o índice de rejeição cair de 69,1% para 64,2%. “Tive a chance de conversar com a população e apresentar a situação. O mais importante é continuar nesse processo de diálogo”, emendou o governador.

Pleito diferenciado
Para o deputado federal licenciado Rogério Rosso (PSD), que registrou crescimento de 8,5% para 10,1%, o empate técnico com Fraga e Rollemberg mostra que esta eleição se difere das demais. “Precisamos estar ainda mais nas ruas, conversando com as pessoas, colhendo depoimentos e propostas. Muitas medidas simples e eficientes vêm da população”, frisou.

Com um salto de 1,4% para 7%, o advogado Ibaneis Rocha (MDB) alegou “não estar surpreso” e revelou que pretende chegar a 10% até segunda-feira. “Atribuo isso à proposta do novo, ao tempo de TV, ao contato com as pessoas nas ruas e à minha história. Se atingir 10%, vou captar o voto útil de quem pretendia votar nos candidatos que estão na parte debaixo para não apoiar os líderes.”

Herdeiro da rede Giraffas, Alexandre Guerra (Novo) integra o grupo dos que sofreram uma baixa nas intenções de votos: o percentual caiu de 3,8% para 3%. “Não reconheço o resultado dessa pesquisa, porque seus números estão destoantes das informações levantadas pelo Novo. Sinto, a cada dia, o engajamento crescente da população com nossas propostas e vamos continuar o trabalho direto com os moradores, para mostrar que somos a solução para o DF”, disse, em nota.

Estagnado em 3% e com alta no percentual de rejeição, que subiu de 68,4% para 77,1%, Júlio Miragaya (PT) não quis se posicionar acerca da pesquisa.

A professora da Universidade de Brasília (UnB) Fátima Sousa (PSol) registrou um tímido progresso e chegou a 2,9%. No entanto, para a enfermeira, o número de indecisos (26%) abre margem para o crescimento. “O eleitor, em geral, não quer as caras conhecidas da velha política”, pontuou.

Apoiado pelo presidenciável Jair Bolsonaro (PSL), que lidera com folga a corrida presidencial no DF, Paulo Chagas (PRP) encontra dificuldades para alavancar a candidatura: subiu pouco, de 1,8% para 2,5%. “A dificuldade se deve ao fato de eu ser calouro nessa incursão. Por mais que o Jair se esforce, cabe a mim me tornar conhecido”, destacou.

A reportagem não conseguiu contato com o professor da rede pública Guillen (PSTU).


Helena Mader – Ana Viriato – Alexandre de Paula – Correio Braziliense


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