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Entrevista: Izídio Santos Junior - futuro secretário de obras - "A prioridade é para obras emergenciais"


Izídio Santos Junior - futuro secretário de obras - "A prioridade é para obras emergenciais"

Escolhido para assumir a secretaria de Obras e Infraestrutura na gestão do governador eleito do DF, Ibaneis Rocha (MDB), Izídio Santos Júnior reforçou, em entrevista ao programa CB.Poder — parceria do Correio com a TV Brasília — que o objetivo do próximo governo é destravar o processo para concessão de alvará de construção. Além disso, deve-se dar prioridade a algumas obras emergenciais, como drenagem, tapa-buraco e limpeza de galerias e áreas públicas. Izídio ressaltou que a intenção de Ibaneis é descentralizar pequenas obras. “O governador eleito tem dito muito que quer empoderar as administrações. Quer dar um pouco mais de autonomia a elas com uma nova formatação, e começará a mexer com isso a partir da próxima semana”, afirmou.
Qual é a estratégia do próximo governo para resolver definitivamente questões relacionadas à infraestrutura de Vicente Pires?
Vicente Pires começou de maneira invertida. Primeiro, deu-se início à cidade, para, depois, realizarem obras de drenagem e infraestrutura. É um problema grave e que custa muito para ser resolvido, mas solução existe.

E a prioridade em relação a obras?
Destravar o processo. Temos várias obras que demandam tempo para iniciar tanto no setor imobiliário quanto obras públicas, porque, para se conseguir um alvará de construção no DF, demora mais de um ano. Queremos criar procedimentos dentro da legalidade para tornar mais ágil. No setor de obras públicas, a prioridade é para obras emergenciais; depois, aquelas que estão em andamento continuarão. Mas a prioridade é para obras de drenagem, tapa-buraco e fazer com que, de alguma forma, isso se potencialize.

Há alguma grande obra prevista para os próximos quatro anos?
A expansão do metrô e a melhoria da saída norte. Temos uma preocupação com a mobilidade, que depende de obras a serem feitas, como, também, a construção da Interbairros e do anel viário.

A recuperação de viadutos e de pontes está entre as prioridades?
Há 10 anos, um grupo coordenado pelo Crea-DF fez um estudo e apontou o que era mais urgente e os monumentos em que se fizesse manutenção. Nós solicitamos que esse estudo fosse atualizado. Algumas obras são emergenciais, e outras precisam de manutenção.

Mateus Oliveira, futuro secretário da Gestão do Território, quer destravar a liberação de alvarás em 48h. Vão trabalhar em conjunto?
Hoje, para se conseguir um alvará no setor imobiliário, a empresa entra com a documentação e demora de um ano a um ano e meio para ter a liberação do alvará. O nosso intuito é de que seja apresentada a mesma documentação, mas que o procedimento seja mais rápido. Após a concessão, o engenheiro e o responsável da administração terão 60 dias para tirar todas as dúvidas.

A secretaria de Obras coordenará empresas, como CEB e Caesb?
Queremos fazer de uma forma que essas agências e estatais andem juntas. Quando um empresário vai fazer uma obra, ele não pode ficar preso muito tempo por uma questão que está no Ibram. Não se pode ter um prédio pronto, mas que falta demanda de energia. O prédio fica parado e não se liga a energia. O próprio governador vai cuidar de algumas coordenações, e eu, de outras.

Quais obras relacionadas ao trânsito e à mobilidade urbana o novo governo está organizando?
Na saída norte, há uma obra em andamento, que é um conjunto de viadutos na Ponte do Bragueto e que está iniciada e afeta muito a mobilidade com uma melhora significativa. Também estamos atrás de recurso para a Interbairros. Ela começará perto do ParkShopping e seguirá até o Pistão. Tinha um impedimento de linha de transmissão aérea, e a Aneel está com isso alinhado. Uma das formas de se viabilizar essa obra seria uma parceria com a Terracap.

Como será a expansão do metrô?
Existe a ideia da ampliação do metrô para a parte norte e para Ceilândia. Mas não será só um investimento no metrô, mas, também, toda uma integração.

A primeira expansão do metrô nos próximos quatro anos será a estação próxima ao Hran?
É uma meta de Ibaneis. Estamos na fase de diagnóstico.

Qual será a atuação da secretaria de Obras com as administrações?
O governador eleito tem dito muito que quer empoderar as administrações. Quer dar um pouco mais de autonomia a elas com uma nova formatação, e começará a mexer com isso a partir da próxima semana. A partir de lista tríplice, ele vai nomear os administradores e oferecer autonomia.

Como está a interlocução com as equipes do governo Rollemberg?
Tínhamos solicitado alguns dados no momento em que iniciamos a transição, há duas semanas, e fomos muito bem recebidos pelo atual secretário. Amanhã (hoje), teremos uma reunião na Novacap, para a qual fomos convidados pelo presidente. A orientação do governador Rollemberg é para abrir o que precisar.


CB.Poder – Foto: Ana Rayssa/CB/D.A.Press – Correio Braziliense


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