test banner

A Brasília que se quer para o futuro


A Brasília que se quer para o futuro

*Por Everardo Gueiros 

No momento em que Brasília completa 59 anos de existência, o governo do Distrito Federal enfrenta um grande desafio que é integrar e melhorar os serviços oferecidos à cidade e ao seu Entorno. Construída para ter uma população de 500 mil habitantes, a capital do país está ligada hoje a 31 regiões administrativas. Todas juntas abrigam perto de 3 milhões de pessoas. Além disso, frequentam a cidade moradores de 33 municípios de Goiás e Minas Gerais, que estão localizados na fronteira com o DF. O que leva a um contingente global de aproximadamente 5 milhões pessoas que precisam de atendimento em estruturas públicas maiores e melhor aprimoradas.

Em tempos de escassez orçamentária, as Parcerias Público-Privadas (PPPs) têm se apresentado como boa opção para a realização de investimentos em projetos de gestão governamental, de modo a ampliar a capacidade do Estado, garantir receitas e diminuir despesas. Essa integração pode ser feita por diversas formas de relacionamento entre governo e iniciativa privada com vistas ao desenvolvimento de infraestrutura e de serviços.

Em todos os casos, a iniciativa privada entra com a capacidade de investir e de financiar, com a flexibilidade e a competência gerencial e operacional. O setor público, por sua vez, assegura a satisfação do interesse dos cidadãos em troca de concessão de áreas por um período determinado e outros tipos de contrapartidas que podem ser atrativas para as empresas, dependendo do modelo a ser seguido.

A Secretaria de Projetos Especiais do GDF, que cuida da formulação das PPPs no Distrito Federal, trabalha de forma estratégica para buscar tais parcerias — que só são formalizadas após a aprovação de um conselho gestor. A atuação da pasta leva em conta fases de avaliação, planejamento e articulação de obras e ações que, após execução, precisam oferecer segurança jurídica para o governo e a garantia de um bom serviço aos moradores.

A Transbrasília (ou Avenida das Cidades), um dos projetos em estudo, engloba 26 quilômetros, passando por várias Regiões Administrativas. Consiste numa obra de mobilidade integrada que ligará a via a áreas comerciais, escolas, parques e bicicletários a serem construídos ao longo do seu percurso. Somente na fase de sua execução está prevista a geração de 20 mil empregos.

O novo sistema de iluminação pública, outra PPP cuja proposta consta na carteira da secretaria, tem previsão de iluminar mais de 300 mil pontos de luz (elétricos) no DF. Esse trabalho também abrange a troca de tecnologia das lâmpadas atuais — o que é importante para a redução de consumo de energia e permitirá melhoria do nível de acompanhamento do serviço, a partir da instalação de um centro de controle operacional. Da mesma forma, estamos trabalhando na PPP para o Centro Administrativo Vivencial e Esporte (Cave), localizado no Guará, que objetiva à administração e exploração do Estádio Antônio Otoni Filho, o Ginásio Esportivo do Parque do Guará e o Clube Vizinhança.

Projetos como esses têm sido observados com êxito em estados como Piauí, Bahia, Ceará, São Paulo e Minas Gerais. E são tidos com prioridade para o governador do DF, Ibaneis Rocha. O GDF está buscando, por meio de estudos técnicos e reuniões diversas, repetir a experiência aqui, com PPPs que tenham impacto social e econômico sobre a população. Não são todos os projetos que podem resultar em PPPs, mas as PPPs a serem executadas, quando autorizadas técnica e juridicamente, poderão ajudar a criar a Brasília e o Distrito Federal que se espera do futuro. Uma Brasília com excelência nos atendimentos, maior organização, eficiência e facilidades na mobilidade dos habitantes.

(*) Everardo Gueiros  - Secretário de Projetos Especiais do Governo do Distrito Federal (GDF) – Foto/Ilustração: Blog – Google – Correio Braziliense


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem