Criação de Centro de Referência é debatida em solenidade alusiva ao Dia
de Conscientização do Autismo
Com o objetivo de promover a conscientização sobre o autismo, a
Secretaria de Justiça e Cidadania do Distrito Federal (Sejus/DF) realizou,
nesta terça-feira (9), solenidade no Salão Nobre do Palácio do Buriti em
comemoração ao Dia Mundial de Conscientização do Autismo, celebrado em 2 de
abril. No evento, os participantes debateram políticas públicas inclusivas e a
necessidade de ampliar a visibilidade para as demandas das pessoas com autismo.
Coordenaram a ação as subsecretaria de Políticas para as Crianças e
Adolescentes e a de Direitos Humanos da Sejus/DF. “Precisamos envolver as
pessoas, conhecer as demandas e ouvir quem realmente entende do assunto. Com
esse evento, a Sejus abre as portas para o diálogo para ouvir as pessoas com
autismo, seus familiares e a sociedade civil que desenvolve trabalhos com esse
público”, ressaltou o secretário de Justiça e Cidadania, Gustavo Rocha.
Ao participar do evento, a subsecretária de Políticas para as Crianças e
Adolescentes, Adriana Faria, anunciou a criação de um grupo de trabalho que
terá como objetivo debater a criação do Centro de Referência do Autismo. “Esse
grupo será fundamental para que possamos pensar juntos e concretizar essa
ideia”, explica.
O Centro de Referência do Autismo é a principal demanda dos familiares
dos autistas e é uma reivindicação das entidades que atendem essa população,
segundo o subsecretário de Direitos Humanos, Juvenal Araújo. “O principal
compromisso da Sejus é tornar realidade o Centro de Referência do Autismo. O
compromisso do secretário de Justiça e Cidadania, Gustavo Rocha, é com as
políticas para direitos humanos e fazer com que o DF seja referência nisso.
Vamos trabalhar juntos e alinhados com as entidades representantes e com os
pais oferecendo apoio e amparo. A ideia é atender a população nas suas
expectativas e necessidades”, afirma.
O Transtorno do Espectro Autista (TEA) é uma condição neurológica
vitalícia que se manifesta durante a primeira infância, independentemente de
gênero, raça ou condição socioeconômica. O autismo é principalmente
caracterizado por suas interações sociais únicas, formas não padronizadas de
aprendizagem, forte interesse em assuntos específicos, inclinação a rotinas,
dificuldades em formas típicas de comunicação e maneiras particulares de
processar a informações sensoriais.
A autista Amanda Paschoal mencionou como a identidade do autista é
reprimida e ressaltou que é preciso dar protagonismo para as pessoas com
autismo. “É preciso falar da resistência do autista e ter um autista falando
como protagonista. Autistas precisam ter direitos e autonomia no sentido de
tomar suas próprias decisões mesmo que você não consiga mover um músculo”,
disse.
Dentre as entidades presentes no evento estavam a Associação Brasileira
de Autismo, Comportamento e Intervenção (ABRACI/DF); a Associação Brasileira
para Ação por Direitos das Pessoas com Autismo (ABRAÇA); Associação de Amigos
do Autista – AMA; o Movimento Orgulho Autista Brasil (MOAB); Associação Nacional
de Equoterapia (ANDE-Brasil), Associação Pestalozzi e Associação Tudo Azul
Autismo – ATA.
Foto: José Martins - Ascom/Sejus
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