Concluída pesquisa
por regiões do DF
As rendas mais altas do Distrito Federal estão
concentradas nos lares de menos de 15% da população. Enquanto os ganhos médios
por domicílio da parcela mais rica da capital estão em R$ 15.614, o grupo de
brasilienses mais pobres recebe, em média, R$ 2.4645. Ontem, a Companhia de
Planejamento (Codeplan) divulgou a última parte da Pesquisa Distrital por
Amostra de Domicílios (Pdad), que mostra que o Lago Sul, com renda média de R$
21.909, é a região administrativa com remuneração familiar mais alta, seguida
de Park Way (R$ 18.022) e Sudoeste (R$ 15.926).
A Codeplan
divulgou dados do Sudoeste e das outras três regiões que englobam a Unidade de
Planejamento Territorial (UPT) Central. Desse grupo, a Candangolândia é a que
tem população com menor renda familiar média (R$ 4.042). Em seguida, vem o
Cruzeiro, com R$ 8.150, e o Plano Piloto, com R$ 15.066 — a quinta região
administrativa com maior renda da capital. O estudo, realizado a cada dois
anos, apresenta, também, diagnóstico demográfico, social, econômico e urbano.
Para os resultados apresentados ontem, quase 22 mil pessoas foram visitadas
durante a fase de pesquisa de campo, em 2018.
A renda média dos
homens no Distrito Federal é superior à das mulheres na maioria das regiões. No
Sudoeste, por exemplo, a pesquisa aponta que, enquanto um homem ganha R$
10.705, a mulher tem remuneração de R$ 7.188. Há também grande diferença
entre raças. No Sudoeste e no Plano Piloto, menos de 40% da população se
autodeclara negra ou parda. Na Candangolândia e no Cruzeiro, menos de metade
dos moradores se declararam brancos.
Das quatro
cidades, o Plano Piloto, com 225.002 moradores, é a cidade mais populosa,
superando Sudoeste (54.296), Cruzeiro (31.079) e Candangolândia (16.489). Nas
regiões mais ricas, também há maior número de pessoas que concluíram ensino
superior.
Estudo completo
Com a Pdad por
região administrativa completa, é possível apontar as principais diferenças
entre as cidades do DF. A Estrutural tem renda familiar média de R$ 1.728, a
menor da capital. O valor é 15 vezes inferior ao rendimento do Lago Sul, por
exemplo. O faturamento mensal médio das residências também é baixo no Recanto
das Emas (R$ 2.488), Fercal (R$ 2.590) e Riacho Fundo 2 (R$ 2.382).
De acordo com o
estudo, a maior parte dos brasilienses trabalha no Plano Piloto, cerca de 500
mil. As outras cidades onde mais há empregados são Taguatinga, com mais de 100
mil; e Ceilândia, com aproximadamente 70 mil. Além disso, considerando pessoas
com 14 anos ou mais, o estudo apontou que 54,1% delas estavam ocupadas, mais de
1,2 milhão de indivíduos.
Por Walder Galvão – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google
Por Walder Galvão – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google
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BRASÍLIA - DF