Bolsonaro distrital
A Câmara Legislativa terá
parlamentar com o “sobrenome” Bolsonaro a partir da próxima semana. Com a saída
de Daniel Donizet (PSDB) para assumir a administração do Gama, a suplente Kelly
Bolsonaro (PRP) ficará com a vaga. Apesar de utilizar Bolsonaro, ela não tem
parentesco com o presidente da República. Adotou o sobrenome para homenageá-lo
e surfar na onda bolsonarista. Ela ficou conhecida depois de invadir o campo do
Mané Garrincha, em 2016, durante um Fla x Flu, com um cartaz exigindo a saída
da presidente Dilma Rousseff. No mesmo ano, foi acusada de participar de um ato
racista e homofóbico na Universidade de Brasília
Renovação?
Kelly Bolsonaro teve 5.412 votos
nas eleições de 2018 e ficou em 62º lugar na disputa a uma vaga de distrital,
atrás, por exemplo, dos ex-deputados Raimundo Ribeiro (MDB), Juarezão (PSB),
Ricardo Vale (PT), Cristiano Araújo (PSD), Sandra Faraj (PR), Luzia de Paula
(PSB), Bispo Renato (PR) e Wellington Luiz (MDB), que concorreram à reeleição.
Chega à Câmara Legislativa graças às regras eleitorais e não pela quantidade de
votos.
Notícia legal
“Estamos sensíveis às críticas e
sugestões de parlamentares e aos anseios da população. O Nota Legal hoje é da
população”. Assim o secretário de Fazenda, André Clemente, explicou por que
voltou atrás na intenção de mudar regras do Programa Nota Legal, um dos mais
populares do DF. A decisão foi tomada depois de uma conversa com o senador José
Antônio Reguffe (Sem partido/DF), um dos idealizadores do programa na origem,
ainda como deputado distrital, em 2007.
Uma a cada quatro vítimas de estupro no DF é criança ou adolescente
Levantamento do Ministério Público do Distrito
Federal aponta um dado assustador: 25% dos casos de estupro cometidos em 2018
tiveram crianças e adolescentes como vítimas. No ano passado, houve 1.699 novos
casos de estupro de vulnerável, com menores de 14 anos, contra 1.301 do ano
anterior. As cidades com mais ocorrência foram Ceilândia e Samambaia. Hoje é
uma oportunidade de autoridades e sociedade para reflexão: é o dia nacional de
combate ao abuso e à exploração sexual de crianças e adolescentes. Trata-se de
uma homenagem a Aracelli Sanches, a menina que, em 1973, aos oito anos, foi
raptada, dopada, violentada e assassinada. Depois, teve o corpo carbonizado. O
crime, que ocorreu no Espírito Santo, prescreveu e ninguém foi punido. Poderia
ser também uma homenagem a muitas outras crianças, como Ana Lídia, estuprada e
morta na década de 1970, aos sete anos. Outro símbolo de impunidade.
Carlos Divino vira desembargador
O juiz Carlos Divino Vieira Rodrigues é o mais novo
desembargador do Distrito Federal. Ele foi eleito de forma unânime ontem pelo
Pleno do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT). O
magistrado foi titular das Varas de Registros Públicos e de Meio Ambiente,
Desenvolvimento Urbano e Fundiário do DF. É um grande conhecedor da questão
fundiária do DF.
O medo de amar
Representante LGBT na Câmara Legislativa, o
deputado Fábio Félix (PSol) fez ontem, dia internacional contra a homofobia, um
depoimento nas redes sociais sobre o preconceito que enfrentou ao longo da
vida: “Falar sobre lgbtfobia é contar um pouco da nossa história de vida. O
medo de amar, de beijar, de dar as mãos. É lembrar de cada xingamento que
sofremos na escola. É a expulsão gradativa da igreja e tantos amigos que você
se sente obrigado a se afastar, alguns você perde para sempre. 17 de maio é dia
de lembrar que centenas de milhares dos nossos foram assassinados e torturados
por serem quem são”.
Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Fotos:
Geraldo Magela/CB/D.A.Press – Lucas Pacífico/CB/D.Press – Cadu
Gomes/CB/D.A.Press – Carlos Vieira/CB/D.A.Press – Geraldo Magela/Agência Senado
– Correio Braziliense