Jader Goodson Ferreira, auditor fiscal
Jader chegou a Brasília em 1958, antes da fundação da nova capital
Um homem sábio. É essa a lembrança que amigos e familiares terão do
auditor fiscal aposentado do Governo do Distrito Federal Jader Goodson
Ferreira, que morreu na última quinta-feira, aos 81 anos, devido uma fibrose
pulmonar, doença respiratória crônica. Formado em direito, o servidor era
apaixonado pela profissão. Ao se aposentar, passou a dedicar-se ao que mais
amava: a família.
A funcionária pública aposentada Ana Cláudia Mendonça Ferreira, 56, fala
do pai com carinho e saudade. Além de perder o melhor amigo, sentirá falta das
palavras de incentivo. “Foi a melhor pessoa que alguém poderia ter ao lado.
Melhor pai e amigo. Foi um grande avô e um bisavô maravilhoso. Era a alegria da
nossa família. Era quem mantinha a família unida, com festas, almoços aos fins
de semana. Ajudava em todos os momentos de dificuldade com palavras de
conforto”, relembra.
Nascido em Formiga (MG), em fevereiro de 1938, o pioneiro chegou a
Brasília em 1958. Encantado com a nova capital, decidiu ficar e fazer carreira.
Sobre o serviço público, Ana Cláudia conta que, sempre que havia uma
oportunidade, o pai agradecia aos colegas de trabalho pela chance de servir e
de trabalhar pela população do Distrito Federal.
Conselhos
Assim que se aposentou, Jader decidiu aproveitar a vida ao lado da
mulher, Noemia Ferreira, com quem foi casado por 58 anos; dos filhos Ana
Cláudia e Jader Goodson Ferreira Júnior, 51; dos dois netos; e dos três
bisnetos. A sobrinha Adriana Huber, 52, sente-se privilegiada por ter convivido
com uma pessoa tão especial. Uma das melhores lembranças que tem é de quando o
tio a aconselhava sobre problemas pessoais que ela teve com o pai biológico
durante a vida. “Ele era como se fosse o meu pai. Sempre com bons conselhos.
Dizia para eu não me apegar às mágoas e aos problemas do passado e ir adiante.
Eu sempre escutava. Era um homem sábio, legal e especial. Além de mim, adotou o
meu marido como filho também. Só lembranças boas dele. Vai fazer falta”, conta
Adriana.
O corpo de Jader Goodson Ferreira foi velado ontem na Capela 7 do
Cemitério Campo da Esperança, na Asa Sul, e será cremado hoje.
Caroline Cintra – Correio Braziliense
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