O Estilo
das motociclistas brasilienses! Elas provam que é possível aliar conforto e
segurança com uma grande dose de charme e elegância para pegar a estrada
Com muita
personalidade, as mulheres provam que existe, sim, espaço para o sexo feminino
no universo do motociclismo. Elas pegam a estrada e pilotam muito, sem abrir
mão da vaidade, da beleza e da feminilidade. Unem o estilo e a determinação à
segurança e ao conforto sobre as duas rodas.
Marcando
presença no Capital Moto Week 2019, maior festival de motociclismo da América
Latina, que se encerrou ontem em Brasília, as participantes de diversos grupos
de motociclistas acrescentam ao evento uma mensagem de irmandade, empoderamento
e representatividade no motociclismo feminino. Tudo isso somado a um
ingrediente especial: estilo ímpar.
Os looks
total black são a marca registrada, mas sem deixar de lado um pouquinho da
preferência de cada uma delas. Na produção dessas mulheres, é possível
encontrar peças em couro, animal print, acessórios supercriativos, paetês,
muito brilho e salto alto como companheiros inseparáveis — até mesmo para
pilotar.
“A gente
não pilota, a gente desfila”, declara, orgulhosa, a escritora Alice Castro, 52
anos. Elas, porém, não deixam a segurança de lado nem por um segundo. As luvas
e os capacetes, itens indispensáveis para pilotar, se tornam acessórios chave
também para a produção.
A Revista
conheceu o estilo de sete motociclistas — e fashionistas. Elas são a prova de
que é possível pegar a estrada sem abrir mão da feminilidade.
Segurança fashion: Antes de pegar a estrada, é importante se
certificar de que todos os equipamentos de segurança estão em dia.
Diferentemente de dirigir na cidade, percorrer distâncias maiores exige outro
tipo de proteção.
Nos pés, é
fundamental escolher uma bota que firme bem o tornozelo. Com salto ou sem
salto, o importante é que ela esteja bem segura. As mãos precisam das luvas que
contam com proteção térmica.
Outra
recomendação é estar sempre atento a produtos que facilitem a manutenção da
temperatura corporal. A chamada segunda pele, por exemplo, consegue cumprir a
função de forma bastante satisfatória.
As calças
recomendadas são as que têm proteção extra nas regiões do joelho e do quadril.
Para o tronco, os coletes de manga comprida, chamados robocop, são a melhor
escolha, por terem proteção no cotovelo, nos ombros, no peito e na coluna.
Durante o
inverno, jaquetas de couro ou metais mais tecnológicos, com fibras de proteção,
funcionam muito bem para proteger o corpo. E, no pescoço, é importante usar um
lenço ou uma pescoceira, da mesma tecnologia da roupa de baixo.
O capacete
para a estrada deve incluir a proteção do queixo e da mandíbula. E, para os
olhos, existem três tipos de óculos que podem ser usados, de acordo com a
situação — os amarelos são preferíveis para viagens noturnas ou chuvosas; a
lente escura serve para proteger a visão do sol; e, caso necessário, os óculos
de grau.
A gestora
de eventos Ana Flávia Coelho conta que o seu estilo é mais discreto. “Eu gosto
de combinar a roupa com a cor da moto e do capacete, prezando pela unidade
visual”, explica. Na cabeça, o detalhe do equipamento de segurança é um rabinho
de animal, para dar o charme. Além da proteção do pescoço, um truque é
adicionar lenços diferentes para compor o look.
No look total black, Fabrícia Belo
adiciona o charme do coturno prateado — que já deixou de ser tendência e faz
parte da lista de itens obrigatórios das mais fashionistas. “Meu estilo é mais
despojado e casual”, descreve a advogada.
A escritora Alice Castro não tira
o salto alto dos pés para nada e não é diferente quando o assunto é pilotar. “O
meu estilo é bota de cano alto e salto de bico fino.” Sobre a produção
preferida, ela conta que varia muito. “Depende de como estou me sentindo no
dia, não existe regra. O que se preserva é que eu não gosto de nada muito
chamativo — sou mais dos tons neutros”, conta.
“Eu sou uma pessoa muito versátil,
e no motociclismo não é diferente”, define-se a empreendedora Fabi Cardoso. Na
estrada, ela gosta mais de bota especial para pilotar; porém, na cidade, a
criatividade toma conta. Ela escolheu para a produção do dia um macacão que tem
caído no gosto das motociclistas — ele é inspirado nas roupas dos bastidores da
Fórmula 1.
Para a administradora Edilene
Gravia, o destaque da produção são os acessórios. “Eu gosto de criar um visual
mais básico, com pulseiras, colares e brincos diferentes.” Sem deixar de lado,
claro, o símbolo dos motociclistas que representa igualdade: a caveira. Nos
pés, ela conta que prefere botinhas sem salto.
Leila Barros não abre mão de
brilhar nem sobre duas rodas. O uso de brilho durante o dia é tendência, e nada
melhor que um bom paetê para levantar a produção mais neutra. “Além disso, eu
estou sempre de salto e maquiagem”, detalha a arquiteta.
Os equipamentos de segurança da
professora Luciana Roscoe são todos estilizados. Ela tem opções de capacetes
rosa pink, de estampas de píton e oncinha. As luvas e o lenço no pescoço também
têm que combinar com a produção. E nos pés, o inseparável salto.
Ana Flávia Castro - Marcella
Freitas - Fotos: Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press - Correio Braziliense
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