Anjos da guarda de Mel e Lis na saúde pública
recebem homenagem Tratamento das gêmeas foi realizado no Hospital da Criança de
Brasília e recebeu apoio de outras unidades da rede. o todo foram 57 os profissionais envolvidos na jornada
salvadora
O auditório da Fundação de Ensino e Pesquisa em
Ciências da Saúde (Fepecs) foi tomado pela emoção na tarde desta sexta-feira
(16). No projetor, um resumo em vídeo do que foi a trajetória das gêmeas Mel e
Lis, enquanto elas, presentes à apresentação do documentário, chamavam a
atenção com gritos, sorrisos e caminhando pela plateia formada por familiares e
profissionais que participaram de todo o atendimento às pequenas – feito
inteiramente na rede pública – desde a gestação até a delicada e complexa
cirurgia que as separou fisicamente.
O filme (veja abaixo) foi apresentado durante homenagem aos
servidores de cinco hospitais públicos que participaram, de alguma forma, do
atendimento à família das gêmeas desde que os pais, Camila Neres e Rodrigo
Martins, descobriram que as meninas eram conectadas pelo crânio.
“Um agradecimento profundo à equipe médica do
Hospital da Criança e aos mais de 50 profissionais envolvidos nessa missão, em
nome do governador Ibaneis Rocha, e em meu nome. Eu, como pai de três filhos,
dois deles estudando medicina, sempre digo a eles que espero que sejam
profissionais como vocês, competentes e, principalmente, comprometidos com a
vida alheia”, destacou o governador em exercício, Paco Britto.
Vídeo: O documentário, de cerca de 30 minutos
de duração, traz depoimentos emocionados dos pais e avós das gêmeas e deixa
claro a força de Camila Neres durante todo o processo. “Foi dada a opção de
aborto, solicitado na Justiça, mas em momento algum eu pensei nessa
possibilidade’, diz a mãe no vídeo.
“Ver este documentário foi emocionante. Pensar que
todo planejamento começou a partir da ultrassonografia, ainda com 10 semanas de
gestação, dando conforto aos pais, apontando a possibilidade da cirurgia. Caso
não tivessem pessoas com tanto amor, capacitadas, na nossa rede pública, talvez
as coisas não tivessem dado certo dessa forma”, observou o secretário de Saúde,
Osnei Okumoto.
“Ver este documentário foi
emocionante”, destacou o secretário de Saúde, Osnei Okumoto
Desde a descoberta e da decisão dela em seguir com
a gestação, profissionais de saúde começaram a planejar a cirurgia das meninas.
E tudo foi relatado no vídeo. O neurocirurgião do Hospital da Criança de
Brasília (HCB), Benício Oton, começou a acompanhar a gestação de Camila ao
mesmo tempo em que estudava sobre o assunto e montava a equipe que participaria
de todo o processo. Ao todo, foram 57 profissionais envolvidos.
Ao ver o documentário, a parte humana do experiente
neurocirurgião aflorou. “No momento da cirurgia a gente está muito focado para
seguir o planejamento e fazer com que tudo dê certo. Ver como tudo acontece,
assim, no documentário, amolece o coração. Ainda mais vendo elas engatinharem
por aqui”, orgulhou-se.
União: Para o superintendente executivo do
HCB, Renilso Rehem, assistir ao documentário e observar o sucesso de todo o
processo é um momento de satisfação para quem acredita no sistema público de
saúde. “Tudo foi possível graças à solidariedade e à parceria. Sem dúvida de
que se fôssemos só nós, do HCB, não teríamos conseguido. Foi um trabalho em
parceria com outras unidades da rede. Acho que isso é o mais significativo,
porque mostra que feito uma vez, podemos enfrentar outros desafios tão grandes
como esse, se estivermos unidos em prol da saúde do DF”, destacou.
Após a apresentação do documentário e da entrega
das homenagens aos profissionais, as gêmeas Mel e Lis foram tratadas como
celebridades, posando para fotos. Elas ainda seguem em acompanhamento médico,
sem previsão de alta, mas já mostram que a vida segue normalmente, com muita
saúde. Assista ao documentário:
“Em casa estão assim, abençoadas, bem bagunceiras,
graças a Deus”, comemorou a mamãe guerreira Camila.
Galeria de Fotos: encurtador.com.br/sCOV9 ,
Agência
Brasília - Foto: Breno Esaki /
Secretaria de Saúde