Domingo é dia de
caminhar. Muitos brasilienses aproveitam os ensolarados dias de folga para
fazer atividade física na rua, em parques e nas trilhas. Carlos Eduardo Aragão pratica trekking, caminhada em
áreas naturais.
*Por Juliana Andrade
Há quem aproveite
o domingo para descansar. Outros preferem colocar as séries de TV em dia,
maratonar. Muita gente gosta mesmo é de passear com a família. Mas, em meio à
correria da semana, há quem destine o dia de folga para se exercitar. Entre as
atividades está a caminhada. Construída em uma área plana, Brasília é ideal
para a prática, seja no Eixão do Lazer, seja nos parques, seja nas trilhas, o
importante é esticar as pernas. Domingo é dia de passear pelas Asas de
Brasília no Eixão do Lazer Eixão do Lazer
A atividade faz
parte da rotina dominical da pedagoga Patrícia Campos, 39 anos. Moradora da Asa
Norte, ela aproveita o fechamento do Eixão aos veículos. “É o meu programa de
domingo de manhã. Acordo, vou para a padaria tomar café e, depois, vou
caminhar”, diz. A caminhada é a principal atividade física de Patrícia, mas,
para ela, vai muito além da ação de movimentar o corpo. “Aproveito para
meditar. Acabo tendo ideias durante a caminhada, encontro soluções para
problemas. É onde descarrego o peso da semana”, ressalta.
Clínico geral do
Hospital Santa Lúcia, Luciano Lourenço destaca que caminhar faz bem para o
coração, para os pulmões e para a musculatura. “A caminhada tem uma
característica aeróbica. Ela traz benefícios cardiorrespiratórios muito
positivos. Você eleva a frequência cardíaca, dilata os vasos e aumenta a
captação de oxigênio pela respiração”, detalha. Lourenço acrescenta que o
exercício possibilita a queima de caloria e, se aliada a uma boa alimentação,
contribui para o controle de peso.
João
Carlos Machado percorre trilhas para ficar em contato com a natureza
Natureza
Moradora
da Asa Norte, Patrícia Campos caminha no Eixão nas manhãs de domingo
O servidor público
João Carlos Machado, 53, aproveita a atividade física para ficar em contato com
a natureza. Em vez do asfalto, João prefere se aventurar nas trilhas. “Eu fui
criado em Sobradinho, então, desde menino, ando pelo cerrado buscando
cajuzinho, tomando banho nas cachoeiras e andando pelos córregos”, conta.
João sai para
caminhar na mata ao menos uma vez por mês, sempre aos fins de semana. Os
destinos vão de parques a cachoeiras. “No Distrito Federal, há muitos lugares
bonitos, estruturados em unidades de conservação, e lugares escondidos, que as
pessoas precisam conhecer”, comenta. Entre eles, está o complexo de cachoeiras
no Rio da Palma, onde fica o Poço Azul, em Brazlândia; a Floresta Nacional de
Brasília e as trilhas do Jardim Botânico.
João gostou tanto
da atividade que hoje administra um grupo nas redes sociais voltado para pessoas
que gostam de fazer trilhas. “É um guarda-chuva onde se encontram amigos com
interesse em trilhas e caminhadas. As pessoas se organizam para viagens ou se
reúnem para uma caminhada em um parque ou cachoeira aqui no DF”, explica.
Explorador
O estudante de
educação física Carlos Eduardo Aragão, 24, pratica trekking, caminhada em áreas
naturais, desde 2014. “A partir do trekking, descobri outras atividades, como
exploração de cachoeiras, montanhismo e exploração de cavernas”, frisa. Carlos
conta que não foi muito difícil sair do asfalto para o campo. Para ele, com
bons orientadores, a atividade é fácil de ser praticada. “A primeira coisa é
procurar alguém capacitado e que conheça o lugar, para não correr riscos de se
perder ou se machucar, além dos equipamentos necessários, como calçado adequado
e roupas para se proteger do sol”, aconselha.
A caminhada também
exige cuidados, segundo o personal trainer Alisson Rezende. Quem pratica a
atividade deve avançar aos poucos. “Se possível, é bom aliar à musculação para
fortalecer os membros inferiores, sem esquecer do alongamento”, acrescenta.
Alisson ainda recomenda dar preferência para alongamentos dinâmicos, que já
servem de aquecimento.
Para quem prefere caminhadas mais longas, o médico
Lourenço alerta que é preciso respeitar o limite de cada um. “A atividade tem
que ser compatível com seu nível de aptidão física. Se a pessoa está caminhando
com frequência, ela pode fazer isso com mais intensidade e por um período
maior. Agora, se a pessoa está sedentária, sem atividade física por meses, é
preciso iniciar com cautela”, orienta. A recomendação é começar a caminhada com
30 minutos de intensidade leve, cinco vezes por semana.
Dicas - O
que fazer e o que não fazer em caminhadas: » Hidrate-se antes,
durante e depois » Procure orientação profissional para iniciar » Use
roupas leves » Aumente o ritmo e a distância aos poucos » Alie a
atividade à musculação » Não esqueça o alongamento » Procure tênis
apropriados » Evite caminhar entre as 10h e as 16h » Use protetor solar
(*) Juliana
Andrade - Fotos: Eixão/Blog-Google - Carlos Eduardo/João Carlos/Arquivo Pessoal
- Carlos Vieira/CB/D.A.Press - Na matéria original não consta foto "Estadão" do Eixão
publicada pelo Blog - Correio Braziliense