Paulo Henrique Costa: "Nós
precisamos captar mais recursos" - BRB volta à bolsa em 2020Hoje,
apenas 3% dos papéis do banco são destinados a acionistas minoritários. GDF
detém 80% e Iprev, 17%. Presidente da instituição falou sobre o assunto e
também de investimentos ao Grupo de Líderes Empresariais (Lide)
O Banco de Brasília (BRB) deve
voltar a emitir ações na bolsa em 2020. A previsão é do presidente da
instituição, Paulo Henrique Costa. Atualmente, apenas 3% das ações do BRB são
destinadas aos investidores minoritários. Em discurso no almoço do Grupo de Líderes
Empresariais (Lide), ontem, Costa afirmou que esse é um dos movimentos naturais
com o crescimento da instituição, que registrou resultados positivos em 2019.
Hoje, o GDF detém 80% das ações e
o Instituto de Previdência dos Servidores (Iprev), 17%. Em 2019, as ações
preferenciais do BRB se valorizaram 27,52%. Segundo o dirigente, no entanto,
ainda é muito cedo para dar detalhes de como será o processo. “Com o crescimento,
nós precisamos captar mais recursos, e isso também vem por meios das ações”,
completou.
Paulo Henrique Costa afirmou
também que a instituição está pronta para operar o Fundo de Financiamento do
Centro-Oeste (FCO), criado pela Constituição para promover o desenvolvimento na
região. Uma das principais demandas apresentadas pelo empresariado foi de que o
BRB consiga ter uma atuação mais direta em relação aos recursos do FCO. Hoje, a
operação é feita pelo Banco do Brasil. Isso, de acordo com os empresários,
dificulta o acesso aos recursos pelo setor produtivo.
Para que a operação do FCO seja
feita pelo BRB é preciso de aprovação no Congresso Nacional. Presente no
encontro, o senador Izalci Lucas (PSDB) reforçou que há clima político para que
deputados e senadores concordem com a mudança. Ele destacou que, atualmente, o
DF tem perdido recursos do FCO por falta de execução.
Costa destacou que o BRB tem
disponíveis atualmente R$ 150 milhões para financiamento via FCO. Como o
processo de provação dura cerca de 6 meses, o banco, segundo o presidente, tem
oferecido a oportunidade de um financiamento mais rápido, que leva cerca de um
mês para a aprovação. “Isso enquanto corre o processo do FCO para, assim que
ele for aprovado, se quite o anterior.”
Ele ressaltou uma mudança de
postura da instituição em relação ao tema. “A participação do BRB no ano
passado foi de 0,03% da aplicação do FCO no DF. O banco, nos últimos anos,
deitou em berço esplêndido por causa dos recursos da folha de pagamento, abriu
mão do desenvolvimento e praticamente saiu do mercado”, declarou.
Ampliação: O empresariado questionou também o presidente do BRB sobre as propostas
de ampliação da instituição para outros estados e o investimento em iniciativas
de fora da capital. Na visão dos líderes, os recursos deveriam ser destinados
ao fomento local.
Paulo Henrique Costa, porém,
destacou que a proposta de ampliação não é prejudicial ao empresariado local e
ressaltou que o avanço é fundamental para o crescimento da instituição. “Os empresários
do DF serão beneficiados pela ampliação do banco”, assegurou.
Em alta: O BRB acumula bons resultados em 2019, que foram destacados pelo
presidente. No segundo trimestre deste ano, a instituição registrou crescimento
de 69,7% do lucro líquido em relação ao mesmo período de 2018. O montante
alcançou R$ 95,3 milhões. Em todo o primeiro semestre, o lucro líquido foi de
R$ 160,9 milhões, uma evolução de 18,9% em comparação aos seis primeiros meses
de 2018. Com os avanços, o patrimônio líquido do banco também cresceu e chegou
a R$ 1,5 bilhão em junho de 2019. No mesmo mês do ano passado, era de R$ 1,38
bilhão. A evolução, percentualmente, foi de 8,5 pontos.
Alexandre de Paula – Correio
Braziliense
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