Delegado Rafael Sampaio - Presidente do Sindepo-DF
Qual foi o discurso da campanha que convenceu a
maioria dos delegados a apoiar a sua reeleição? Nós trouxemos a realidade
do que vivemos hoje. Somos muito mais ouvidos pelo governo. É um governo que
respeita a Polícia Civil. Temos três anos pela frente de boas perspectivas, com
discurso moderado. Não é o momento de um discurso agressivo, como o outro
candidato defendia.
Os delegados acreditam que a paridade vai
sair? A
maioria está confiante. No nosso ponto de vista, o governo está empenhado.
Agora que será enviado o reajuste dos militares e não haverá mais nenhum óbice
para que a Presidência da República edite as medidas provisórias com os
aumentos.
Tem dinheiro no caixa do GDF para o reajuste
de todas as forças de segurança? Acredito que tem. O governo não seria
irresponsável de fazer essas propostas sem uma perspectiva de incremento do
Fundo Constitucional do DF. O impacto do nosso reajuste, ao final de toda a
recomposição, será de R$ 600 milhões ao ano. O valor é menor do que o aumento
do Fundo Constitucional. Chegou-se até a se cogitar um percentual maior de
aumento. Mas precisamos conversar com o governo de novo.
A vida dos delegados melhorou no governo
Ibaneis? Sem
dúvida. Nós nos sentimos valorizados. Foi encaminhado o reajuste, houve mais
contratações, aquisição de viaturas. A instituição melhorou.
Qual é a sua avaliação sobre o comando da PCDF
até agora? Tem
sido feito um trabalho bom. O Robson (Cândido) tem conseguido que passivos
sejam quitados. A questão dos voluntários saiu do papel, tínhamos uma frota
envelhecida, e praticamente se resolveu. A maior parte já foi substituída.
Licenças em pecúnia foram pagas. Agora estamos ansiosos com relação ao plano de
saúde do DF. Esse é um pleito muito esperado pelos policiais civis.
Olhando para trás, para o governo anterior, acha
que houve falhas nas negociações do sindicato com Rollemberg? Fui voto vencido na
assembleia sobre o reajuste proposto em juízo. Hoje os colegas concordam que se
equivocaram. Mas essas avaliações são difíceis de se fazer na hora. Em
retrospectiva, é mais fácil avaliar o que ocorreu. Houve alguns equívocos. Não
dá para acertar sempre, mas as opções que foram feitas desde o ano passado levam
a um resgaste da Polícia Civil.
Qual é o foco do Sindepo agora? Imediatamente é a
recomposição salarial. Entendo que é fundamental. A questão da saúde do
servidor também. Além disso, precisamos tratar de mudanças administrativas
internas, como critérios objetivos de lotação e de remoção.
Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Foto:
Ana Rayssa/CB/D.A.Press – Correio Braziliense
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