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Emendas na PEC Paralela da Previdência beneficiam o DF


Emendas na PEC Paralela da Previdência beneficiam o DF
Ao aprovar em primeiro turno a PEC Paralela da Previdência, o Senado incluiu ontem duas emendas que beneficiam diretamente o Distrito Federal e aliviam o caixa da capital do país. A primeira alteração permite que o GDF retenha nos cofres públicos locais o Imposto de Renda relativo aos salários dos servidores da área de segurança pública. Essa é uma batalha do governador Ibaneis Rocha (MDB). O montante representa R$ 680 milhões por ano na arrecadação do Distrito Federal. A outra emenda resolve o imbróglio provocado por recente decisão do Tribunal de Contas da União (TCU): permite que o Fundo Constitucional do DF arque com o custo dos inativos das áreas de segurança, saúde e educação. As alterações no texto foram propostas pelo relator, senador Tasso Jereissati (PSDB-CE), a partir de uma articulação do senador José Antônio Reguffe (Podemos-DF). Para virar lei, a PEC precisa ser aprovada pelos senadores em segundo turno. Depois retornará à Câmara dos Deputados. “Foi uma vitória imensa para o DF”, afirma Reguffe.
Codese pede que Ibaneis reveja redução de repasse para o Fundo de Apoio à Pesquisa
O presidente do Conselho de Desenvolvimento Econômico, Sustentável e Estratégico do DF (Codese/DF), Paulo Muniz, enviou uma carta ao governador Ibaneis Rocha com pedido de que seja revista a decisão de reduzir os repasses de recursos públicos para o Fundo de Apoio à Pesquisa do Distrito Federal. O Executivo enviou à Câmara Legislativa um projeto de emenda à Lei Orgânica do DF que prevê a redução das transferências para o fundo de 2% da receita corrente líquida anual para 0,3%. “Entendemos que os problemas existentes na execução orçamentária da FAPDF devem-se na sua grande parte, pela ausência da estrutura da gestão apoiada num quadro de servidores públicos permanentes, o que tem acarretado uma baixa aplicação dos recursos disponíveis”, escreveu Muniz. 

Ex-presidentes da FAPDF reagem a cortes
Seis ex-diretores-presidentes da FAPDF também enviaram um ofício para Ibaneis com pedido de revisão da medida. “As bolsas de pesquisa da FAPDF cumprem, hoje, um papel decisivo na estruturação desse sistema, atendendo a um número significativo de estudantes de graduação e pós-graduação, e permitindo a fixação de recursos humanos no DF”, ressaltaram, também concordando que o órgão necessita de uma estrutura de funcionamento com servidores permanentes.

STJ vai discutir lucro cessante de empresa que teve contrato suspenso no DF
O parque aquático Wet'n Wild luta há 20 anos na justiça para receber os lucros cessantes de um serviço que não foi implementado por rescisão de contrato com o Governo do Distrito Federal. Ao se posicionar sobre este caso em sessão marcada para a próxima semana, o STJ vai definir se um negócio que teve o contrato de concessão rompido unilateralmente pela administração pública deve ou não receber os valores que a empresa deixou de receber durante o período do contrato por não ter implementado o serviço. A marca internacional venceu, em 1996, durante o governo de Cristovam Buarque, a concorrência pública para construir o parque aquático, mas, ao iniciar a obra, se deparou com dutos pluviais que só poderiam ser retirados pela Terracap. Sem acordo, o consórcio buscou a Justiça do Distrito Federal para rescindir o contrato. O Wet'n Wild pediu, então, o pagamento dos danos emergentes e do lucro cessante. A primeira questão foi sanada rapidamente, mas o debate em torno do segundo tema se arrasta na Justiça até hoje. 

Na pauta da próxima semana
O escritório do ex-presidente da OAB Reginaldo Oscar de Castro Advogados assumiu a defesa do consórcio e conseguiu decisão favorável em duas frentes. O Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios reconheceu a responsabilidade da administração pública na rescisão do contrato. Também apontou que a Terracap pagaria ao consórcio os danos emergentes. Ou seja: o valor imediatamente investido para o início do empreendimento. No entanto, a Justiça negou o pedido de lucro cessante alegando que o parque ainda não estava em operação. O caso será analisado agora pelo STJ, sob a relatoria do ministro Sérgio Kukina. O processo está na pauta de 13 de novembro.

Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Fotos: Ana Rayssa/CB/D.A.Press – Wet'n Wild/Divulgação - Correio Braziliense






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