test banner

Sem planejamento é o caos


Sem planejamento é o caos - (Áreas desocupadas pela Agefis no Setor Habitacional Sol Nascente) 

*Por Circe Cunha

Explicar aos governos que a cada quatro anos vêm e vão no comando do Distrito Federal a importância vital que o planejamento possui para a sobrevivência e futuro da cidade tem sido, ao longo desta década, uma tarefa inglória. E aqueles técnicos que se atrevem a fazê-lo costumam ser postos de lado, sendo seus pareceres descartados na lata do lixo. 

Muitos problemas que poderiam ser equacionados, com certa facilidade, transformam-se em questões insanáveis e seríssimas, a complicar a vida de todos e a diminuir a qualidade de vida da população como um todo. Os políticos, por sua visão pragmática e de curto prazo, com um horizonte que normalmente não ultrapassa os quatro anos, não percebem que a cada medida tomada no calor das decisões imediatistas, criam mais problemas do que soluções. 

Esse acumular de projetos açodados acabam indo parar nas próximas administrações, que terão que resolver o imbróglio criado. Dessa forma, pequenas medidas, de caráter puramente político e eleitoral, vão se avolumando ao longo dos anos, moldando uma espécie de um monstro, que cedo ou tarde acabará literalmente sentado no colo do cidadão contribuinte para ser resolvido ou pago de forma compulsória.

Dentre as muitas decisões desse gênero, tomadas nas últimas décadas, sobretudo, com vistas à formação de verdadeiros currais eleitorais, talvez a mais importante e mais impactante para a capital tenha sido justamente a criação de um grande número de regiões administrativas sem os mínimos critérios de estudo, de planejamento e de viabilidade técnica. Aos governos, isso pouco importa.

Tomada a decisão, no âmbito do Executivo e depois de pesadas as vantagens políticas dessa medida, aos poucos técnicos capacitados é dada a ordem de retirar do papel, o mais rapidamente possível, a ideia do gênio, por hora, instalado no Palácio. Em questão de dias, os técnicos burocratas, cuja chefia é exercida por um político nomeado e que nada entende do métier, entregam a encomenda, que nada mais é do que um rascunho mal traçado e impensado sobre a criação de um novo bairro para assentar milhares de famílias.

****
A frase que foi pronunciada:
“País subdesenvolvido é aquele que importa, como novidade, o que os países desenvolvidos já abandonaram como obsoleto.” Jaime Lerner, urbanista brasileiro

Passo importante
»Ensinar uma profissão aos menores de idade apreendidos é tarefa fundamental para a ressocialização. Fossem nossas prisões locais apropriados para preparar o interno a uma vida de trabalho, grandes problemas seriam resolvidos. A Câmara Legislativa do DF aprovou o projeto de lei que cria o serviço voluntário, mas de natureza indenizatória e eventual. Será um passo, com boa gestão, para a falta de efetivo nas unidades de internação.

Fiel involuntário
»Se os fãs de academia fizessem uma pesquisa pelas principais capitais do país, ficariam estarrecidos com as abusivas exigências de fidelização feitas por aqui. Para uma corrente do Código do Consumidor, se você conhece as regras e assina o contrato é porque concorda. Para outros, essa forma é abusiva e ilegal. É preciso garantir a autonomia da vontade. A impressão é de que essa necessidade de fidelização se dá apenas por uma razão: o serviço nem sempre é bom. 

Divulgação
»O Parque de Uso Múltiplo Denner, localizado entre a QE 40 e o Polo de Modas do Guará II, será a próxima unidade a receber obras de melhorias da força-tarefa parques, inserido no Programa GDF Presente. Nesse contexto, será realizada, na próxima segunda-feira, 18, às 8h30, a primeira reunião de trabalho com o objetivo de avaliar e decidir as ações necessárias ao local.

Bocha
»Neste domingo, termina a competição paralímpica de bocha. Eduardo Vasconcelos, de 16 anos, é estreante e representa Brasília. “Eu consegui a vaga no regional do Centro-Oeste, realizado em julho, em Uberaba. Lá, eu fiquei com a prata”, contou o atleta da categoria BC2, que viajou por meio do  programa Compete Brasília.

Pauta
Bocha é praticada por atletas com elevado grau de paralisia cerebral ou deficiências severas. A competição consiste em lançar as bolas coloridas o mais perto possível de uma branca. Os atletas ficam sentados em cadeiras de rodas e limitados a um espaço demarcado para fazer os arremessos. É permitido usar as mãos, os pés e instrumentos de auxílio e contar com ajudantes (calheiros), no caso dos atletas com maior comprometimento dos membros. A Secretaria de Esporte e Lazer realiza no dia 22 de novembro, a seletiva do Futuro Campeão na modalidade.  Será das 14h às 17h, no Centro Olímpico e Paralímpico de Ceilândia – Setor O.

(*) Circe Cunha - Coluna "Visto, lido e ouvido" - Ari Cunha - Fotos: (g1.globo.com) - Carlos Gandra/CLDF -  Eduardo Montecino/OCP - guara.df.gov - (agenciabrasilia.df.gov) - Correio Braziliense 

 


Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem