Cláudio Abrantes deputado distrital e líder do
governo na Câmara Legislativa
O GDF vai aumentar
a passagem de ônibus e a oposição já se manifestou contra.
A base estará ao lado do governo nesse assunto?
Em outras ocasiões, ao lado do deputado Wasny de
Roure, eu mesmo tentei barrar reajustes de passagens concedidos por meio de
decreto legislativo, mas, infelizmente, fui derrotado no Tribunal de Justiça. O
aumento foi concedido por decreto, elaborado mediante estudos da Secretaria de
Mobilidade, e não passou pela Câmara Legislativa.
Quais os principais
projetos que a Câmara avaliará neste primeiro semestre? Temos
itens importantes, e essa definição sairá muito em breve, já nas próximas
semanas. Agora em 2020, todos os deputados já se conhecem bem, e a relação com
o Executivo também avançou bastante. Então, a pauta de votação deve ser
definida de forma bastante suave, uma das marcas da atual legislatura.
Pautas como a
mudança nas normas de ocupação do SIG têm condições de serem
aprovadas nos primeiros seis meses? Faço
referência a 2019, quando iniciamos os trabalhos votando, e aprovando, a
expansão do Iges-DF. Também conseguimos, no ano passado, resolver de forma
pensada e com foco no cidadão situações historicamente espinhosas para o DF,
como era o caso das pecúnias ou das poligonais. Então, a atual legislatura, e
faço um destaque para a atuação do governador Ibaneis Rocha, é marcada por não
ter medo de pôr a mão onde é necessário. O que me permite dizer que sim, há
condições, sim.
O debate sobre
privatizações deve esquentar neste ano. Como será a
articulação da base nesse sentido? Não
vou falar em articulação, mas em diálogo. Como eu disse, o foco é o cidadão. Um
dos meus papéis como líder do governo é levar aos meus pares a visão do
Executivo e devolver ao governo os posicionamentos da Câmara. Isso nos
permitiu, por exemplo, trabalhar projetos polêmicos e deixá-los prontos para
serem votados, com aprovação na Casa e ganhos para toda a sociedade. Ou ainda
apontar quando era a hora de recuar, como era o caso do Passe Livre Estudantil.
E, em se tratando de um governo marcado pelo diálogo, isso não significou uma
derrota. Então, a movimentação sempre será baseada no bom senso e no que é
melhor para Brasília.
Existe ambiente
político (e interesse do governo) para ampliar a atuação do Iges para
outras unidades? Os resultados têm falado por
si. Hoje, temos nas unidades atendidas pelo Iges-DF filas de exames zeradas,
além de diversos resultados que até pouco tempo atrás eram impensáveis, graças
a essa estruturação bem feita e constante acompanhamento dos poderes. E, tal é
o nível de entrega do Instituto e aceitação na sociedade, que vale lembrar que
um dos últimos projetos a serem aprovados na CLDF foi o que permite a
construção de UPAs pelo Iges-DF. Então, se os resultados continuarem apontando
para essa revolução na saúde, com um atendimento digno ao cidadão, não há por
que não ampliar a rede. Mas, no momento, isso não está em discussão nem no
âmbito do governo nem da Câmara Legislativa.
Ana Maria Campos –
Alexandre de Paula – Coluna "Eixo Capital" - Foto: Vinicius
Cardoso Vieira/CB/D.A.Press – Correio Braziliense
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