Artes na Quebrada: um espaço ocupado por artistas urbanos do DF
Um grande mural, de arte urbana, pintado pelo grafiteiro Mayko deu vida
ao Centro de Múltiplas Funções, na Cidade Estrutural durante o Festival de
Artes na Quebrada. Para o grafiteiro da comunidade, esse é um legado para a
população. “A arte da ‘quebrada’ resiste às desigualdades socioeconômicas com
suas expressões culturais urbanas", defende o artista Maykão.
Ali entre as quadras 6 e 8 da Cidade Estrutural-DF, crianças, jovens e
adultos puderam apreciar o que a própria comunidade constrói artisticamente e
musicalmente. As apresentações dos grupos Mandrak Mob e Porte Ilegal Rappers,
que unem elementos do rap e do hip-hop, destacam a realidade vivida naquela
comunidade com letras afiadas que levam o público a refletir sobre exclusões
sociais, racismo e realidade.
Os DJs Marola e Clécio com discotecagem de pop, música brasileira e
eletrônica também embalaram o baile de charme da companhia de dança Pegada
Black, que fez o público enaltecer a identidade cultural. Mas também relembrar
a época em que os passinhos sincronizados, criados por grupos cheios de swing,
eram a febre dos bailes nas noites dançantes.
A programação também levou diversidade com performances de ballet,
capoeira, break dance e uma roda livre para dançarinos solos apresentarem suas
habilidades. E também privilegiou o público infantil com malabaristas e
fantoches. Para o organizador do evento, o rapper Hudson HD, o festival que
conta com apoio do FAC-DF, surgiu da necessidade de levar mais arte e cultura
para a Cidade Estrutural.
A segunda edição do evento já tem data marcada, será no dia 15 de março
em Brazlândia-DF.
Késia Paos - Repórter
e Assessora de Imprensa - (61) 985043494 - @kesiapaos
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