Cassados e condenados podem ter direito a plano de
saúde: O presidente da
Câmara Legislativa, Rafael Prudente (MDB), voltou a dizer que pretende aprovar
o projeto de resolução que altera o plano de saúde da Casa. Caso ex-deputados
sejam beneficiados, entre os atendidos, estariam os ex-senadores Luiz Estevão e
Gim Argello, o ex-governador Agnelo Queiroz, o ex-vice-governador Tadeu
Filippelli, além de vários que renunciaram ao mandato, como Leonardo Prudente,
Júnior Brunelli, Rogério Ulysses e Pedro Passos, ou foram cassados, como Carlos
Xavier, Eurides Brito, Benício Tavares e Raad Massouh. Prudente afirma que se
trata de um projeto e ainda há muito a ser discutido até o consenso para
votação em plenário.
Sem privilégios: Vice-presidente da Câmara
Legislativa, o deputado Rodrigo Delmasso (PSC) explicou, na sessão de ontem,
que a entrada de ex-parlamentares no plano de saúde da Casa seria uma forma de
dar equilíbrio financeiro ao sistema. “Estamos procurando um novo grupo de
filiados não para dar privilégios, porque não é de graça. Aliás, se houver
interesse, eles vão contribuir com as maiores parcelas”, disse. A ideia é de
que ex-deputados paguem uma mensalidade de R$ 750 e o mesmo valor a título de
“contribuição de permanência”, totalizando R$ 1,5 mil. Além disso, terão de
obedecer a um período de carência, definido por meio de cálculos atuariais.
Deficit de R$ 14 milhões: Delmasso disse que retiraria
o projeto de resolução por falta de apoio da sociedade. “Fui eleito pelo povo e
sou seu representante. Se o povo não quer, vamos buscar outras saídas”,
afirmou. Segundo Delmasso, a Câmara precisa cobrir um deficit de R$ 14 milhões.
O buraco, que veio se acumulando ao longo dos anos, tem vários motivos, um deles
é a inadimplência de ex-servidores comissionados que realizaram procedimentos
médicos de alto custo.
Ana Maria Campos – Coluna “Eixo Capital” – Foto:
Marcelo Ferreira/CB/D.A.Press - Correio
Braziliense
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