Remédio em
casa. Parceria com a Secretaria de Saúde permitirá entrega de medicamentos da
farmácia de alto custo. Serviço domiciliar começa em 15 dias
Quem precisa
retirar remédios nas farmácias de alto custo poderá receber os medicamentos em
casa. A previsão é de que, em cerca de 15 dias, o Banco de Brasília (BRB), em
conjunto com a Secretaria de Saúde do Distrito Federal (SES-DF), comece a fazer
as entregas. O anúncio foi feito ontem pelo presidente do banco, Paulo Henrique
Costa, em entrevista ao CB.Poder, uma parceria do Correio Braziliense com a TV
Brasília.
De acordo com
ele, a tecnologia é uma das alternativas preventivas para evitar aglomerações e
exposições ao coronavírus. “Nosso foco de trabalho agora é implementar, o mais
rápido possível, a possibilidade de distribuição na casa dos pacientes. Dessa
forma, a gente evita deslocamento, eventualmente, de pessoas mais frágeis e a
exposição destas pessoas a aglomerações”, explica.
Paulo Henrique também pediu paciência nesse período
de instabilidade econômica. “A pessoa deve entender quando vai precisar dos
recursos e acompanhar essa evolução. Depois de tantas quedas na bolsa, esse não
é o melhor momento para sacar dinheiro, a menos que, efetivamente se precise”,
recomenda. Ele também falou sobre o momento atual do banco "O BRB tem
presença em nove estados, e nosso objetivo é chegar em 18 até o final do ano,
com presença física. Até metade do ano, a gente vai lançar o nosso banco
digital, que nesse primeiro momento chamamos de BRB digital", adiantou.
Vocês estão tomando
alguma precaução para enfrentar esse período de crise? As medidas tomadas nesse momento estão direcionadas essencialmente à
prevenção. Aumentamos a limpeza em cada uma de nossas agências, e nossas
equipes de tecnologia, a partir da semana que vem, começam a trabalhar,
inclusive, em ambientes de contingência. Nós também iremos colocar em
teletrabalho pessoas maiores de 60 anos e as gestantes, a partir de
segunda-feira. De qualquer forma, ainda é muito cedo para que a gente tenha uma
noção clara do impacto do coronavírus aqui no Distrito Federal. A nossa
orientação é que os clientes procurem utilizar principalmente os canais
digitais: seja o caixa automático, na internet, no mobile ou no próprio
telefone.
Uma das frentes de
atuação do BRB é assumir alguns serviços das farmácias de alto custo. Isto
terá impacto nesse período em que o governo toma medidas preventivas
para evitar uma explosão de casos de coronavírus no Distrito Federal.
Como vai funcionar esse serviço e quando pode começar? O governador Ibaneis anunciou há poucos dias que o BRB passaria a
trabalhar junto com a Secretaria de Saúde na farmácia de alto custo. Nosso foco
de trabalho agora é implementar o mais rápido possível, em 15 dias, a
possibilidade de distribuição na casa dos pacientes. Dessa forma, a gente evita
o deslocamento de pessoas mais frágeis, que deixariam de se expor a
aglomerações. O atendimento, em um primeiro momento, será via canais de
atendimento da própria farmácia. Depois, nós vamos criar um aplicativo com os
dados do paciente e a prescrição. Por meio da plataforma, vamos alimentar as
informações de estoque e fazer o planejamento dessas entregas.
Como o BRB pode
atuar do ponto de vista econômico? Por exemplo, ontem, o
ministro Paulo Guedes disse que os bancos públicos vão anunciar
linhas de socorro a empresas em dificuldades. Vocês estão planejando
alguma ação em relação ao Distrito Federal? Nesse momento, nós estamos acompanhando e vendo como vai se desenrolar o
impacto. As discussões internas apontam para a gente trabalhar, se necessário,
no sentido de alongamento das linhas e concessão de prazos adicionais para
pagamento e eventuais carências, se chegarmos em um cenário mais crítico. Nesse
primeiro momento, a nossa avaliação ainda é de que estamos longe disso.
Hoje a gente vê o
BRB em uma situação
financeira muito sustentável. lucro do ano
passado foi de R$ 418 milhões. Como a instituição está
se colocando no mercado? O Distrito
Federal é a nossa casa. É o foco de nossa atuação e onde a gente quer gerar
mais impacto, seja para os nossos clientes, seja para a sociedade. Mas o
entendimento é de que o banco precisa crescer para investir em tecnologia e em
pessoas. Naturalmente, esse processo de expansão virá, focando no Centro-Oeste,
no Norte e no Nordeste. O BRB tem presença em nove estados, e nosso objetivo é
chegar em 18 até o final do ano, com presença física. Até metade do ano, a
gente vai lançar o nosso banco digital, que nesse primeiro momento chamamos de
BRB digital.
Essa expansão enche
de expectativa os concursados aprovados no último concurso. Como está
essa questão? Tem alguma previsão para chamar? Quantos já foram
chamados? Nós fizemos um concurso para 113 vagas e
aproximadamente mil vagas de cadastro de reserva. Já chamamos aproximadamente
83 pessoas e esperamos chamar essas vagas remanescentes, dentro da quantidade
de vagas aprovadas, até metade do ano. Daí para frente, os chamamentos dentro
do cadastro de reserva dependerão da evolução dessa estratégia de expansão do
banco. Não vai haver um calendário divulgado para essas vagas do cadastro de
reserva, porque a gente já vai chamar todas as vagas aprovadas em menos de seis
meses da aprovação do concurso. A aprovação tem validade de dois anos.
Vídeo - Entrevista completa:
Thaís Umbelino - Foto: Ana Rayssa/CB/D.A. - Press - Correio Braziliense
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