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Fique em casa (Então, se você tem a possibilidade de ficar em casa: faça!)


Fique em casa

*Por Adriana Izel 

O primeiro caso de coronavírus em Brasília foi diagnosticado no início de março. Uma semana depois, quando a capital confirmava dois pacientes infectados, o governador Ibaneis Rocha assinou o primeiro decreto com medidas de contenção da Covid-19, suspendendo eventos com mais de 100 pessoas e as aulas nas escolas públicas e privadas. Espaços públicos culturais, como museus e teatros, também foram fechados.

A ação do governador foi rápida. Mas considerada por muita gente um alarde, pelo menos naquele momento. Poucas pessoas cumpriram o decreto à risca no primeiro fim de semana. Era possível ver ainda muitas pessoas nas ruas, ou se reunindo na casa de amigos para churrascos, entre outros, num clima quase de férias. Mesmo quando o governador endureceu o decreto, fechando cinemas e academias, houve quem não concordasse.

Foi só quando os números de casos de coronavírus cresceram rapidamente no DF — em um dos dias, o aumento nos diagnósticos positivos foi de 82,6% — e mais estabelecimentos passaram a ser fechados que a maior parte da população entendeu a importância da medida, ou, de certa forma, foi obrigada a cumprir.

Mesmo assim, há quem prefira se arriscar nas ruas. Primeiramente, é preciso dizer que nem todo mundo tem o privilégio de poder ficar em casa. Há serviços essenciais, em que o trabalho não para e é impossível ser feito de forma remota, como nos hospitais, nos mercados, nas farmácias, nos postos de gasolina, no transporte público, no sistema de limpeza, nos deliverys e nas redações dos jornais. Em alguns casos, é até possível reduzir o número de trabalhadores e estabelecer horários em escala. Mas liberar todo mundo para trabalhar em casa, infelizmente, não.

Então, se você tem a possibilidade de ficar em casa: faça! Faça por você, pela sua família, pelos seus amigos, pelos seus vizinhos. Faça por quem não tem como ficar em casa neste momento por estar levando a você uma série de serviços, seja notícia correta e apurada que lhe ajuda a não entrar em desespero com o número de fake news circulando nas redes sociais; seja tratando de todos os pacientes com a Covid-19 e tantas outras doenças que não dão trégua, nem em tempos de coronavírus.

A internet tem sido uma grande aliada para quem está em casa — mesmo que vilã na hora do compartilhamento e distribuição de notícias falsas —, permitindo acesso remoto a sistemas para trabalho; dando opções de entretenimento em diferentes canais, tudo de forma gratuita; sendo um canal de contato entre amigos e familiares pelos chats; entre tantas coisas.

O que não falta é gente querendo ajudar. Aproveite este momento para usar as redes sociais da melhor forma possível e, se der, compartilhe algum conhecimento seu . Pode ser uma receita, uma dica de chá, um local de delivery, uma palavra que for, o que achar que pode ajudar.

(*) Adriana Izel  – Correio Braziliense – Foto/Ilustração: Blog - Google




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