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ERA UMA VEZ, UM PAÍS. (Coluna Victor Dornas)


 Era uma vez... um reino encantado!
EXTRA! EXTRA! ESTADOS PEDEM SOCORRO!!!

Por Victor Dornas

A discussão sobre o desfigurado plano mansueto tornou-se mais uma guerra institucional, conforme já previsto. 

Explicando a questão de uma forma simples: Diante da pandemia, o congresso achou que seria inevitável dar carta branca para União imprimir dinheiro, porém com a condicionante de repassar aos estados um montante suficiente. A princípio, toda a discussão giraria em torno da quantidade de recursos repassados, uma vez que o atual presidente ainda não assimilou a realidade de que sua gestão será de crise e não de realização.

Paulo Guedes sabe que não conseguirá realizar quase nada daquilo que prometeu, independentemente da questão da pandemia. Uma coisa é a bravata eleitoreira, outra é a realidade burocrática controlada por um congresso que se acostumou à condição de realeza.

Explico. 
Numa democracia, a condição primordial é a legitimação. Numa monarquia absolutista, a opinião do representado pouco importa.

Então, por uma questão de birra, Paulo Guedes não quer compactuar com a insanidade do congresso de assumir dívidas para, quem sabe, pagarmos de alguma forma no futuro, e como forma de retaliação, oferece uma quantia que na prática representaria o colapso da máquina pública que não teria caixa para pagar seus integrantes. Guedes sabe que seu veto não terá efeito prático, porém faz de birra, por indignação daquele que toma ciência da realidade orçamentária brasileira e entende que nada pode fazer, afinal, somos uma monarquia absolutista cujo rei, o elefantinho Rodrigo Maia, recebeu meia dúzia de votos. 
E rei não precisa de voto, ora!

Maia quer que os governadores se sintam tranquilos pra gastar e por isso sugere um repasse equiparado ao do ano passado, ignorando a brutal queda de arrecadação, além os benefícios de serviço da dívida já concedidos aos estados. Afinal, quando quebrar, será responsabilidade do gestor futuro e não dele. Não agora! Agora Maia quer tranquilidade.

Uma reforma no funcionalismo público requer tranquilidade. A previdenciária levou trinta anos e saiu como saiu, então talvez a do funcionalismo demande mais cinquenta anos. “Calma gente!” Diz Rodrigo Maia, o elefante branco real. 

“Precisamos de tranquilidade!”

Opa, opa!!! Ainda não é hora para reformas... devagar aí rapazinho! 
Tranquilidade...”



Victor Dornas – Colunista do Blog do Chiquinho Dornas Foto/Ilustração: Google


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