EXTRA! EXTRA!
É ano de eleição... o povo estadunidense
precisa de um presidente voraz diante de uma ameaça de terrorismo biológico global,
ainda que ela não exista...
Trump é o dono do mundo??
Trump é o dono do mundo??
Por Victor Dornas
Conforme tratei no artigo sobre a retaliação, a maior
potência do mundo está acuada pois a engenharia reversa feita no vírus não
indicou traços de manipulação proposital, como uma espécie de tecnologia. A
primeira atitude que os governos tomam diante da possibilidade de terrorismo é
esgotar as possíveis responsabilidades, por isso, até então, nunca considerei
verossímil a hipótese do sars-cov-2 ter sido manipulado num laboratório, seja
com a finalidade deliberada de ter sido alastrado como foi, ou que tenha sido
quem sabe um acidente, contudo, ainda assim, manipulado em laboratório e
passível de retaliação.
De uns dias pra cá, Donald Trump tem engrossado o tom na
questão do “vírus chinês” sugerindo que a China teve responsabilidade nisso
tudo, porém sem deixar claro se essa culpa seria dolosa, ou seja, com um grau
considerável de intencionalidade ou negligência, ou meramente causal. Pensando
nas eleições, sabe-se que tudo que um bufão como Trump precisa para derrotar
Joe Biden é de uma ameaça iminente, ainda que ela não exista.
Numa reflexão mais cuidadosa é perfeitamente compreensível a
atitude do presidente dos Estados Unidos.
Explico:
Imaginem se de fato a China fosse responsável pela pandemia,
isto é, um ato inédito de um país que ataca com um certo dolo o mundo inteiro.
Isso seria bom para o mundo? É do interesse da economia das nações mais poderosas
um embate numa espécie de guerra mundial com a China? Creio que não. A notícia de
uma China inimiga levaria cabo medidas que seriam péssimas para o mundo todo,
uma vez que quando uma potência se insurge como aconteceu com a China e ela
passa a sustentar grande parte do fluxo de mercadorias comercializadas entre
países, não se pode interromper essa máquina de uma hora para a outra. Seria
como desligar um reator nuclear, isto é, uma catástrofe.
Lembremos que os erros
econômicos, a exemplo da União Soviética comunista, matam tanto ou mais do que
as guerras. Matam de fome!
Então a hipótese que avento é a seguinte. A China tendo agido
ou não com negligência num laboratório, isso não interessa aos Estados Unidos.
Eles não querem que a China desapareça do planeta de uma hora para a outra.
O laboratório só pode existir de mentirinha...
Essa mentalidade simplista de estratégia bélica não comporta as sofisticações do mundo moderno onde a disputa é mais na área do mercado, ainda que sejam recorrentes as intervenções em países ou aglomerados sui generis que desrespeitem os protocolos de segurança internacional e mantenham, por exemplo, armas de grande potencial destrutivo sem a anuência dos órgãos diplomáticos. A ideia de Trump não é declarar guerra contra a China. Ele precisa de outro tipo de arma. A China é uma ameaça aos Estados Unidos na produção tecnológica. Ela detém monopólio de extração de terras raras por exemplo.
O laboratório só pode existir de mentirinha...
Essa mentalidade simplista de estratégia bélica não comporta as sofisticações do mundo moderno onde a disputa é mais na área do mercado, ainda que sejam recorrentes as intervenções em países ou aglomerados sui generis que desrespeitem os protocolos de segurança internacional e mantenham, por exemplo, armas de grande potencial destrutivo sem a anuência dos órgãos diplomáticos. A ideia de Trump não é declarar guerra contra a China. Ele precisa de outro tipo de arma. A China é uma ameaça aos Estados Unidos na produção tecnológica. Ela detém monopólio de extração de terras raras por exemplo.
O que o presidente norte-americano quer é “queimar” a imagem do país nos órgãos de comércio
internacional e nos bastidores atuar em conluio com outros países para frear o
avanço de uma nação que não respeita a ordem imposta, dita democrática. Em síntese,
Trump quer que pensemos que a China é perversa, pero no mucho. Guerra
mundial? Seria uma tragédia para todos nós.
Guerra comercial? Aí sim. Trump é um negaciador contumaz. Sabe que a rodada agora é pesada. Ele quer continuar pois a questão é pessoal também.