test banner

Saúde: Profissionais receberão gratificação


Governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou a lei que trata da gratificação na última terça-feira

Profissionais receberão gratificaçãoO benefício por atividade técnico-administrativo era prometida há 10 anos e será incorporada ao contracheque de quase 30 mil servidores ativos e inativos da Secretaria de Saúde. A medida custará R$ 362 milhões

Em meio à pandemia do novo coronavírus, o Governo do Distrito Federal (GDF) decidiu cumprir uma promessa antiga com os profissionais da saúde. Servidores ativos e inativos passarão a receber a Gratificação de Atividade Técnico-Administrativo (Gata), benefício pendente de aprovação há 10 anos. Ao todo, o pagamento retroativo custará R$ 362 milhões, e deve contemplar quase 30 mil funcionários. A capital está em primeiro lugar entre as unidades da federação em incidência de casos de Covid-19. Até ontem, havia 400 casos confirmados e cinco pessoas mortas por causa da doença.

A incorporação da Gata no contracheque dos servidores da Saúde havia sido aprovada pela Câmara Legislativa do DF, em 11 de março, com o Projeto de Lei n° 1014/2020, de autoria do Executivo. No entanto, a medida entrou em vigor apenas porque o governador Ibaneis Rocha (MDB) sancionou, na última terça-feira, a Lei n° 6.523, que dispõe sobre a gratificação, e prevê o pagamento do benefício em três parcelas: na folha de abril de 2020, outubro de 2020 e março de 2021.
Remuneração adicional será dividida em três vezes, sendo que a parcela final será paga em 2021

Do total de contemplados, 18.360 são ativos e os outros 10.951, inativos. “São quase 30 mil servidores, incluindo aposentados, que serão beneficiados. É, sem dúvida, a realização de um direito que foi sonegado a eles há mais de 10 anos. Desde 2015, a gratificação deveria ter sido incorporada, mas foi postergada e, só nesta gestão, voltou com uma nova legislação”, explicou Francisco Araújo, secretário de Saúde do DF.

A Gata foi estabelecida pela Lei nº 3.320, de 18 de fevereiro de 2004. No entanto, a partir de 2014, devido a várias leis, o valor passou a ser incorporado aos proventos de alguns dos servidores das carreiras da Assistência Pública à Saúde (APS). Porém, ficaram de fora os funcionários de nível médio.

O GDF ainda poderá antecipar o pagamento das parcelas, desde que haja disponibilidade orçamentária e financeira, sem comprometer os limites da despesa de pessoal e das metas fiscais. Após a extinção da Gata, nenhuma parcela será devida. O parcelamento e a incorporação previstos também não poderão resultar em percentual maior do que 30% sobre o vencimento dos servidores, que varia entre R$ 1,4 mil a R$ 4,9 mil.

Para a presidente do Sindicato dos Empregados em Estabelecimentos de Serviços de Saúde de Brasília (SindSaúde/DF), Marli Rodrigues, a sanção da lei que libera a Gata transcende o valor financeiro. “Essa é uma grande vitória da categoria. Encerramos uma etapa longa e dolorosa para os técnicos e auxiliares de saúde. Passada essa fase da incorporação, e também essa crise de saúde pública, vamos cobrar do GDF a regularização dos retroativos da Gata e a isonomia de carga horária. Sempre em busca dos direitos dos servidores da Saúde”, destacou.

Caroline Cintra - Walder Galvão - Foto: Ed Alves/CB/D.A.Press - Correio Braziliense



Postar um comentário

Postagem Anterior Próxima Postagem