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Os cinemas reabriram... E agora?

Os cinemas reabriram... E agora? A liberação das salas de projeção evidencia a necessidade do setor de se reinventar para conquistar novamente o público. Cinemark sendo higienizado

 

Foram seis meses sem que as salas de cinema pudessem receber o público para o tradicional e popular modo de assistir a um filme: num telão, numa poltrona confortável e, na maioria das vezes, acompanhado da boa e velha pipoca. Desde 3 de setembro, o decreto governamental permite a reabertura dos espaços sob uma série de protocolos de segurança contra a covid-19. Mas a retomada tem sido lenta. Só a partir de hoje é que praticamente todas as redes instaladas no Distrito Federal e Entorno estarão com as salas abertas.

 

O cinema estava entre as atividades culturais que o público mais sentiu falta na quarentena, segundo pesquisa realizada pelo Itaú Cultural em parceria com o Datafolha, sendo apontada por 30% dos entrevistados, ficando a frente de shows (24%) e bibliotecas (7%). Apesar disso, o estudo mostrou que a maioria das pessoas ainda apresenta restrição aos locais fechados. “A pesquisa serve para entendermos a dinâmica do retorno e amadurecer como setor cultural e atender as mais diversas exigências sanitárias e cumprir vínculos com a cultura”, avalia Eduardo Saron, diretor do Itaú Cultural.Por isso, mostrou que o retorno das atividades culturais deve ser em formato híbrido.

Em De perto ela não é normal, Suzana Pires vive Suzie, uma mulher que com ajuda da tia decide tomar as rédeas da própria vida

 

É o que acontece com a retomada do cinema nacional, que será encabeçada pelo lançamento do longa-metragem De perto ela não é normal. O filme é um dos primeiros entre os blockbusters do país a estrear nas salas de cinema (a partir de hoje) e nas plataformas digitais (em 5 de novembro). “Eu insisti para lançar o filme e que fosse dessa forma, multiplataforma, estando no circuito de cinema e num clique de distância de todo mundo. Acaba que está se tornando num case de lançamento. Acredito que o cinema, agora, será lançado assim. Acredito nesse modelo de cauda longa, de juntar as janelas e dar possibilidade para o público”, comenta Suzana Pires, protagonista e idealizadora da ideia da produção.

 

Retorno gradual: Primeira a voltar na cidade, a rede Cineflix diz que notou um recuou das distribuidoras em relação às estreias. Apenas na semana passada surgiram os grandes lançamentos com Os Novos Mutantes. Hoje, a aposta internacional é Tenet, filme de Christopher Nolan. “Aos poucos estão atualizando os calendários e retomando a programação que havia sido adiada”, comenta Juliano Tortelli, diretor de marketing do Cineflix.

 

Em relação ao público, ele afirma que o retorno também é gradual. “Sabemos que se trata de um momento peculiar e que as pessoas precisam se sentir seguras para retornar ao cinema. Estamos reconquistando aos poucos a confiança do nosso público”, garante. A rede retornou com medidas rígidas de higienização e limpeza, além do distanciamento.

 

A rede Cinemark foi a última das maiores a anunciar o funcionamento, com troca de uniformes e uso de máscaras até um software que isola os lugares comprados pelos clientes em um raio de uma cadeira para cada direção. “Os protocolos adotados aqui em Brasília são estudados desde o início da pandemia. Seguimos não só as regras da OMS (Organização Mundial da Saúde) como propostas que deram certo em outros países pelo mundo”, explica Caio Silva, diretor executivo da Abraplex, associação da qual fazem parte as redes Cinemark e Espaço Itaú.

 

Ele avalia que o tempo em que os cinemas estiveram fechados como “catastrófico”. Pontuou que para os negócios foi péssimo e também que esses quase sete meses sem exibições de filmes vão atrasar toda produção brasileira “em um efeito dominó” que vai desde as bilheterias até as gravações de filmes. “Os cinemas saem dessa pandemia com uma dívida de R$ 400 milhões de reais”, estima Caio Silva.

 

Segurança em primeiro lugar: Protocolos obrigatórios dos cinemas » Equipes e funcionários são treinados para ter o mínimo de contato com os frequentadores. Todo trabalhador deve usar máscara e luvas, além de ter um uniforme que só será usado nas dependências do cinema. » Todas as salas de cinema do Brasil precisam ser higienizadas ao fim de cada sessão. Os espectadores têm a saída organizada por um funcionário do cinema para não gerar tumultos. » Segurança em primeiro lugar: Protocolos obrigatórios dos cinemas » Equipes e funcionários são treinados para ter o mínimo de contato com os frequentadores. Todo trabalhador deve usar máscara e luvas, além de ter um uniforme que só será usado nas dependências do cinema. » Todas as salas de cinema do Brasil precisam ser higienizadas ao fim de cada sessão. Os espectadores têm a saída organizada por um funcionário do cinema para não gerar tumultos.

 

*Por » Adriana Izel » Paula Barbirato* ~» Pedro Ibarra* ~~*Estagiários sob supervisão de Igor Silveira~ fotos/Divulgação – Correio Braziliense

  

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