RIP, Lava-Jato
Desde que reavaliou a possibilidade de prisão em segunda instância, o
Supremo, sobretudo aqueles ministros que entraram na conta dos 13 anos
petistas, vinham aplainando os caminhos que possibilitariam o retorno do
ex-presidente Lula ao cenário político. Essa era uma avaliação, até primária,
para aqueles que acompanham as idas e vindas dessa alta Corte. Anteriormente,
outras manobras jurídicas já haviam sido postas em prática para relaxar a
prisão de Lula, concedendo-lhe benefícios e outras indulgências, que nenhum
outro brasileiro, mesmo diante do que manda o Art. 5º Constituição, jamais
poderia alcançar.
Foram mais de 400 recursos apresentados à terceira instância pela milionária banca de advogados que defende ex-presidente. Um privilégio que escarnece aqueles que ainda acreditam em igualdade de direitos perante as leis. Todos, diga-se de passagem, invariavelmente acolhidos de pronto, o que demonstra não apenas a subserviência de boa parte desses atuais ministros à diretrizes do lulopetismo, mas, sobretudo, comprova a que ponto chegou a contaminação política partidária nessa última instância.
A recente e inexplicável decisão do ministro Fachin anulando as condenações
impostas ao presidente pela Justiça do Paraná, abriu a clareira por onde as
chicanas “rabulescas” se tornariam letra viva da lei. Indignados, os
brasileiros não puderam reagir à altura, por conta das dificuldades impostas
pelos rigores de uma pandemia que vem ceifando milhares de vidas a cada 24
horas.
Seguiu-se a tudo essas artimanhas montadas unicamente para costurar uma espécie
de justiça sob medida para o ex-presidente, comandado pelo já notório ministro
Gilmar Mendes, que, por intermédio da suspeita 2ª Turma do STF, arrastou o
ex-juiz Sergio Moro para a arena dos leões , imputando-lhe a absurda prática de
parcialidade no julgamento de Lula.
Com isso, voltam a estaca zero todos os processos que passaram pelas mãos
daquele juiz, principalmente do ex-presidente Lula. Trata-se aqui de uma
multidão de condenados, que, por certo, terão direito a restituição do butim,
com juros e correção.
Para os maiores escritórios de advocacia do país, que, em sua maioria, defendem
os acusados pela Operação Lava-Jato, foi uma terça-feira de muita comemoração,
já que fica assegurada a continuidade dessas bancas nesse caso bilionário.
Tivessem os brasileiros a mesma oportunidade que foi gentilmente dada aos
hackers que forneceram e embasaram esse último julgamento do STF, munindo-os
com material roubado, que diálogos comprometedores escutariam os cidadãos
travados entre esses ministros, os condenados e seus defensores, logo após o
veredito exótico? Por certo e tomando uma flagrante ilegalidade para se fazer
uma espécie de justiça manca, não sobraria pedra sobre pedra.
A frase que foi pronunciada: “A partir de agora, se me prenderem, eu viro
herói. Se me matarem, viro mártir. E se me deixarem solto, viro presidente de
novo.” (Luiz Inácio Lula da Silva) ... (Vídeo)