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Urbanistas sugerem soluções para a via

Urbanistas sugerem soluções para a via. Com reformas, expectativa é de que mais pessoas frequentem a via e que comércio melhore

 

O Correio consultou arquitetos e urbanistas para entender porque o projeto da W3 Sul é diferenciado e quais são as melhores soluções para tornar a região atraente novamente. O urbanista e professor do Ceub Alberto de Faria conta a história da W3 Sul e como a área se destacou em relação às outras durante a construção de Brasília. “O Plano Piloto de Lúcio Costa pensou a W3 como uma grande avenida de apoio para um comércio varejista e também atacadista. Um comércio variado”, explicou. 

 

A W3 faz parte da área tombada como Patrimônio Cultural da Humanidade, concedido pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco). As ruas e avenidas foram determinadas pela concepção do urbanista Lúcio Costa. Embora as atividades da W3 Sul estejam voltadas ao comércio, de início, o projeto referia-se à via como uma área destinada ao abastecimento das residências, dispostas ao longo da faixa rodoviária. “A W3, desde o início, assumiu o papel de ser um local de um comércio muito vibrante e variado”, contou o professor. 

 

O urbanista ressalta a expansão do comércio local em pouco tempo. “Ela aglutinava pessoas, era muito dinâmica, tinha grandes lojas e marcas que nem existem mais, que se instalavam na W3 exatamente para poder ocupar e prestar esse serviço”, disse Faria. 

Diferencial: Na avaliação do arquiteto e urbanista Frederico Flósculo, o grande destaque da W3 é o tamanho da via. “Um grande diferencial é a extensão de uma área com potencial de uso e diversificação que não existe em outro espaço de Brasília”, disse. “A W3 se tornou um verdadeiro magazine, um shopping center linear, mas com força nas 500. Uma grande extensão de comércio na Asa Sul. A Asa Norte, nessa época, ainda não estava consolidada. Seriam outros 6km de área comercial e de serviços”, afirmou. Para Flósculo, uma reforma é fundamental para recuperar o potencial local. “Como ela teve muito sucesso e brilhou, é por isso que falamos em revitalização”. 

 

A arquiteta e urbanista Marilívia de Souza faz sugestões para melhor reaproveitamento da W3. “Tem um grande potencial de encontro das pessoas que estão de carro ou de transporte público. Deve ser estimulado que as pessoas utilizem esses espaços para andar a pé. Um comércio, uma lojinha ou uma galeria para que o espaço seja mais fluido. Hoje em dia, a W3 é muito desgastante. Não é confortável ou  bonito”, avaliou.

 

A especialista afirmou que a avenida necessita de mais atenção e cuidado. “Falta um pouco a sensação de pertencimento daquele espaço. De as pessoas caminharem por lá e terem prazer de estar em um espaço múltiplo, heterogêneo e diverso. Falta um olhar mais gentil para aquela área. Ela está muito danificada e abandonada”, observou.

 

"Deve ser estimulado que as pessoas utilizem esses espaços para andar a pé (...) Um comércio, uma lojinha ou uma galeria para que o espaço seja mais fluido”. (Marilívia de Souza, arquiteta e urbanista)



Correio Braziliense – Fotos: Minervino Júnior/CB/D.A.Press – Blog-Google - Correio Braziliense.


 

 


3 Comentários

  1. Acho as faixadas da W3 Sul de extremo mal gosto na maioria dos estabelecimentos comerciais, assim como as casas do outro lado, muitas pichação e verdadeiras jaulas, sem contar o péssimo asfalto, sujeira e estacionamento ainda precário em vários trechos...

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  2. Revitalizar a W3 é manter viva a história de Brasília!

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  3. Precisa de mais estacionamentos. Necessário ser mais acessível aos consumidores. Depois disso o comércio retorna naturalmente.

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