Coleção Mestres Cobogós faz homenagem a Bianchetti.
Viva o empreendedorismo literário! E não tem
“capital” mais precioso para Brasília do que o legado que grandes artistas nos
deixaram. É o caso de Glenio Bianchetti que inspirou a estreia da coleção
Mestres Cobogós do Coletivo Editorial Maria Cobogó .
O artista plástico protagoniza, de forma lúdica
e ilustrada, o livro assinado por Ana Maria Lopes e Marcia Zarur. O fantoche do
simpático narrador, que irá com o livro, foi elaborado pela viúva do artista, a
arte educadora Ailema Bianchetti, de 94 anos.
O lançamento é hoje (22/09) no Beirute,
da 109 sul, das 17h às 21h.
A variação de ambiente, do Pampa para o
Cerrado, trouxe uma alteração na luz que propiciou uma mudança cromática nas
pinturas de Bianchetti. O gaúcho mudou-se para Brasília a convite de Darcy
Ribeiro. Veio se unir ao projeto vanguardista da criação da UnB.
(18/03/2009. Credito: Zuleika de Souza/CB/D.A Press) “Tenho
enorme carinho por Brasília, mas tenho grande saudade do Rio Grande do Sul, do
ar, da luz e da paisagem sulista.
A saudade não afeta minha obra, mas é como uma boa amizade da qual de vez em quando sinto falta. Foi em Brasília que aconteceram as melhores coisas da minha vida”, contou certa fez Bianchetti, que faleceu aos 86 anos em 2014.
Ferreira Goulart expressou em sua trajetória seu olhar sobre
o pintor.
“Não há dúvida que estamos diante de um artista em quem a
vocação de pintor e a entrega sem reservas a essa vocação definem a verdade da
obra. Hoje, quando o improviso se sobrepõe à busca criativa e o conceito
substitui a obra propriamente dita, um artista como Glênio Bianchetti reafirma
a vertente criadora que se funda na linguagem da pintura. Nela e dela nascem as
imagens e os significados que constituem as vozes silenciosas desta arte
milenar.”
Tags
ARTE