A previsão para hoje é de muitas
nuvens, e curtos períodos de sol com pancadas de chuvas intensas, acompanhadas
de raios e rajadas de vento, em alguns pontos com temperatura mínima de 17°C
podendo subir até 24°C. Se houver grande volume de chuva em pouco intervalo de
tempo, há chance de alagamento de vias e terrenos porque os bueiros não
conseguem dar vazão para altos volumes de água, como já visto no decorrer da
semana em pontos do Distrito Federal. A queda de um muro, no Riacho Fundo, por
exemplo, levou à interdição de cinco casas pela Defesa Civil. O incidente
aconteceu no último dia 5, e mobilizou 20 bombeiros.
Estar no meio de uma tempestade é
um risco. De acordo com o meteorologista Olivio Bahia, 53, o aumento de água
nas pistas na hora da chuva as transforma em verdadeiro sabonete, sem falar na
visibilidade que fica bastante reduzida. “Quanto mais forte a chuva, menor é a
visibilidade, aumentando o risco de acidentes, por isso a recomendação para o
motorista é redobrar a atenção se a chuva for muito intensa. É recomendável que
o condutor procure um acostamento até a intensidade diminuir”, aconselha o
meteorologista.
Verão: As chuvas de verão
trouxeram desastres naturais a diversas partes do país, como em Petrópolis
(RJ), onde deslizamentos de terra causaram uma tragédia que já contabiliza mais
de 130 mortos e pelo menos 116 pessoas desaparecidas, de acordo com a Polícia
Civil. Mais de 500 militares trabalham espalhados em 52 pontos. Cerca de 24
pessoas foram resgatadas com vida e outras 849 estão desabrigadas.
O principal fator para que ocorra
uma tempestade é o excesso de chuvas e contribuintes como rajadas de vento,
raios, trovões e granizos. Este grande volume de água em conjunto com a
ocupação desordenada e o desmatamento de morros e encostas são os principais
fatores de risco para a ocorrência do desastre. Isso porque a vegetação ameniza
os impactos causados pela chuva, já que suas raízes ajudam a estabilizar o
solo, e, sem essa vegetação, o terreno fica vulnerável à queda.
A Defesa Civil do Distrito Federal
alerta para os riscos deslizamentos, inundações, danos parciais ou totais de
estruturas, cortes nas linhas de energia elétrica, além de baixa visibilidade
por conta do grande volume de água.
Trovões e relâmpagos: De
acordo com a especialista, Ana Paula Paes dos Santos, integrante da equipe do
Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) que estuda Descargas Elétricas no país,
o fenômeno ocorre dentro das nuvens cumulusnimbus, onde “ocorrem grandes
atritos entre as partículas de gelo que geram as descargas atmosféricas que
conhecemos como raio. Com elas, vêm também a tempestade e grandes rajadas de
vento”, explica.
Os raios podem causar grande
impacto nos setores elétricos, de telecomunicação, e são atraídos quase sempre
por objetos pontiagudos que estão a menor distância entre o céu e o solo,
Segundo a especialista, em média, caem 78 milhões de descargas que atingem o
Brasil e acontecem principalmente no verão e na primavera.
O recomendável é que a pessoa
esteja abrigada em um lugar seguro, de preferência em casa enquanto houver
tempestades, com todos os eletrodomésticos fora da tomada. Finaliza a
especialista.
Em caso de relâmpagos » Não
segurar objetos metálicos longos, como varas de pesca e tripés; » Não
empinar pipas e aeromodelos com fio; » Não permanecer na
água (piscina, lago, etc); » Desligue os aparelhos elétricos das
tomadas; » Não permaneça em áreas abertas como campos de futebol,
e, quadras de tênis; » Evite lugares que ofereçam pouca ou nenhuma
proteção contra raios (pequenas construções não protegidas, tais como celeiros,
tendas ou barracos, veículos sem capota como tratores, motocicletas ou
bicicletas);» Não toque equipamentos elétricos que tenham sido molhados ou
estejam ligados a rede elétrica e/ou em locais inundados ou
alagados; » Não se aproxime de cabos elétricos arrebentados. Ligue
imediatamente para Neoenergia (116), Bombeiros (193) ou Defesa Civil (199).