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CHUVA »Tempestade à vista, o que fazer?

CHUVA  » Tempestade à vista, o que fazer? Distrito Federal terá fortes precipitações até abril. Curtos períodos de sol alternados com pancadas e raios são esperados para hoje e amanhã. O brasiliense deve estar alerta para os riscos

A previsão para hoje é de muitas nuvens, e curtos períodos de sol com pancadas de chuvas intensas, acompanhadas de raios e rajadas de vento, em alguns pontos com temperatura mínima de 17°C podendo subir até 24°C. Se houver grande volume de chuva em pouco intervalo de tempo, há chance de alagamento de vias e terrenos porque os bueiros não conseguem dar vazão para altos volumes de água, como já visto no decorrer da semana em pontos do Distrito Federal. A queda de um muro, no Riacho Fundo, por exemplo, levou à interdição de cinco casas pela Defesa Civil. O incidente aconteceu no último dia 5, e mobilizou 20 bombeiros.


Estar no meio de uma tempestade é um risco. De acordo com o meteorologista Olivio Bahia, 53, o aumento de água nas pistas na hora da chuva as transforma em verdadeiro sabonete, sem falar na visibilidade que fica bastante reduzida. “Quanto mais forte a chuva, menor é a visibilidade, aumentando o risco de acidentes, por isso a recomendação para o motorista é redobrar a atenção se a chuva for muito intensa. É recomendável que o condutor procure um acostamento até a intensidade diminuir”, aconselha o meteorologista. 


Verão: As chuvas de verão trouxeram desastres naturais a diversas partes do país, como em Petrópolis (RJ), onde deslizamentos de terra causaram uma tragédia que já contabiliza mais de 130 mortos e pelo menos 116 pessoas desaparecidas, de acordo com a Polícia Civil. Mais de 500 militares trabalham espalhados em 52 pontos. Cerca de 24 pessoas foram resgatadas com vida e outras 849 estão desabrigadas.


O principal fator para que ocorra uma tempestade é o excesso de chuvas e contribuintes como rajadas de vento, raios, trovões e granizos. Este grande volume de água em conjunto com a ocupação desordenada e o desmatamento de morros e encostas são os principais fatores de risco para a ocorrência do desastre. Isso porque a vegetação ameniza os impactos causados pela chuva, já que suas raízes ajudam a estabilizar o solo, e, sem essa vegetação, o terreno fica vulnerável à queda.


A Defesa Civil do Distrito Federal alerta para os riscos deslizamentos, inundações, danos parciais ou totais de estruturas, cortes nas linhas de energia elétrica, além de baixa visibilidade por conta do grande volume de água.


Trovões e relâmpagos: De acordo com a especialista, Ana Paula Paes dos Santos, integrante da equipe do Instituto de Pesquisas Espaciais (INPE) que estuda Descargas Elétricas no país, o fenômeno ocorre dentro das nuvens cumulusnimbus, onde “ocorrem grandes atritos entre as partículas de gelo que geram as descargas atmosféricas que conhecemos como raio. Com elas, vêm também a tempestade e grandes rajadas de vento”, explica.


Os raios podem causar grande impacto nos setores elétricos, de telecomunicação, e são atraídos quase sempre por objetos pontiagudos que estão a menor distância entre o céu e o solo, Segundo a especialista, em média, caem 78 milhões de descargas que atingem o Brasil e acontecem principalmente no verão e na primavera.


O recomendável é que a pessoa esteja abrigada em um lugar seguro, de preferência em casa enquanto houver tempestades, com todos os eletrodomésticos fora da tomada. Finaliza a especialista.

Proteja-se » Não jogue lixo ou entulho em locais inadequados; » Alerte o governo (Adm. Regional) sobre bocas de lobo obstruídas; » Evite transitar por áreas alagadas; » Não se abrigue e nem estacione veículos debaixo de árvores. Atenção especial também em áreas de encostas, morros e com enxurradas bruscas; » Em caso de destelhamento, permaneça na residência, procure abrigo sob algum móvel ou em um cômodo mais resistente; » Se você mora ou possui comércio em áreas sujeitas a alagamentos e inundação, coloque seus móveis e estoques em lugares altos.

Em caso de relâmpagos » Não segurar objetos metálicos longos, como varas de pesca e tripés; » Não empinar pipas e aeromodelos com fio; » Não permanecer na água (piscina, lago, etc); » Desligue os aparelhos elétricos das tomadas; » Não permaneça em áreas abertas como campos de futebol, e, quadras de tênis; » Evite lugares que ofereçam pouca ou nenhuma proteção contra raios (pequenas construções não protegidas, tais como celeiros, tendas ou barracos, veículos sem capota como tratores, motocicletas ou bicicletas)Não toque equipamentos elétricos que tenham sido molhados ou estejam ligados a rede elétrica e/ou em locais inundados ou alagados; »  Não se aproxime de cabos elétricos arrebentados. Ligue imediatamente para Neoenergia (116), Bombeiros (193) ou Defesa Civil (199).



Marilena Almeida – Correio Braziliense



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