Atualmente, há cerca de 250 crianças internadas em UTIs neonatais da
rede pública de saúde, situação que torna fundamental o estoque do banco de
leite para prover a alimentação desses bebês e de outros que possam precisar.
Pensando nisso, a bióloga Ana Luísa Gouvea de Araújo, 26 anos, doa leite desde
o décimo dia do nascimento de sua filha Júlia, atualmente com 2 meses de idade.
“No início, eu pensei que estivesse doando pouco, cerca de 90 ml, mas fui
aprendendo que cada gota importa”, conta.
Para doar, basta ligar para o número 160 e, na opção 4, fazer o cadastro. Outra forma é pelo site Amamenta Brasília ou pelo aplicativo disponível na App Store e na Play Store (Abaixo>>)
Ana Luísa
relata que a doação não interferiu na alimentação da pequena, muito pelo
contrário. “O corpo funciona como ‘fábrica’, não como estoque”, diz. “Quanto
mais eu tirava, mais produzia para minha filha e para outras crianças”. Hoje
ela consegue doar semanalmente dois litros, que são recolhidos em casa pelo
Corpo de Bombeiros, com quem a Secretaria de Saúde (SES) mantém uma parceria há
33 anos. Esse alimento é encaminhado ao banco de leite e passa pelo processo de
pasteurização.
“Um
potinho de 300 ml pode alimentar dez crianças”, explica a coordenadora das
Políticas de Aleitamento Materno e Banco de Leite Humano do DF, Miriam Santos.
Ela alerta que o DF está com estoque baixo nos bancos de leite humano – desde
outubro de 2021, não é alcançada a meta mensal de 1,5 mil litros. “Todos os
dias nascem novas mães, todos os dias pode ter criança precisando ou mãe
podendo doar”, ressalta.
O leite
pode ficar armazenado em um recipiente no congelador por até 15 dias.
Normalmente, é recolhido a cada dez dias, para que a pasteurização seja feita
no 15º dia. Crianças que não recebem o leite humano ficam mais suscetíveis a
doenças, como diabetes e hipertensão, entre outras.
Como
doar: Toda mulher que estiver
amamentando pode ser uma doadora. Basta ligar para o número 160 e, na opção 4,
fazer o cadastro. Outra forma é pelo site Amamenta Brasília ou pelo aplicativo
disponível na App Store e na Play Store. Após o cadastro, a pessoa recebe
orientações de como coletar e armazenar o leite. Uma equipe do Corpo de
Bombeiros vai à residência da doadora para recolher os vidros com o leite
materno. Os militares fazem a coleta em todos os pontos do DF.
Embalagens: Outra forma de auxiliar é doando os potes de vidro
em que o leite será armazenado. O interessado deve levar os recipientes ao
banco de leite ou a postos de coleta localizados em Brazlândia, Ceilândia,
Gama, Paranoá, Planaltina, Plano Piloto, Samambaia, Santa Maria, São Sebastião,
Sobradinho e Taguatinga.
Conheça
o site do Amamenta Brasília. Clique aqui para saber mais sobre os bancos de leite. do
DF.