Um novo tempo está
diante de nós. Depois de dois anos de isolamento, restrições e novas
obrigações, voltamos à vida normal, ainda que seja recomendável manter alguns
cuidados. É tempo de encarar erros e acertos, de analisar o que foi e o que
deixou de ser feito, mesmo que por ser inevitável. É o que temos realizado
diariamente.
Ninguém estava preparado
para os desafios que o mundo enfrentou e que deixaram sequelas — muitas
infelizmente irreparáveis. Ficamos isolados, sem poder ir às ruas. Mas estamos
iniciando a fase de recuperar a vida que tínhamos antes, embora com uma visão
diferente, moldada pelas dificuldades que vimos tanta gente passar. Acredito
que hoje todos nós ganhamos uma consciência social mais apurada.
Aqui, no Distrito
Federal, nós investimos centenas de milhões de reais no auxílio a pessoas
carentes, a famílias que tiveram suas necessidades mais básicas negadas neste
momento de dificuldade mundial. Já havíamos reduzido o valor da refeição em
nossos 14 restaurantes comunitários para R$ 1, preço de 20 anos atrás, mas era
preciso fazer mais.
E fizemos a maior rede
de proteção social do Brasil, beneficiando mais de 766 mil pessoas. Vários
restaurantes passaram a oferecer o café da manhã por R$ 0,50, criamos o Prato
Cheio, que atende a 40 mil famílias, com R$ 250 mensais, o Cartão Gás, que
beneficia 70 mil famílias com R$ 90 a cada dois meses, e o DF Social, recebido
por 55 mil famílias. Ao todo, são sete programas de benefícios sociais e três
de transferência de renda.
Esta foi a nossa maior
obra. Na hora mais difícil da vida dessas famílias, o GDF pode oferecer esses
meios de subsistência, até que possam retornar ao mercado de trabalho que, como
mostram os estudos da Codeplan, voltou a crescer no Distrito Federal. Ao mesmo
tempo, estamos qualificando trabalhadores, que recebem salário para aprender
profissões. E, como a crise subsiste, vamos iniciar um novo programa para
auxiliar o trabalhador que está há mais de seis meses sem emprego com uma cesta
básica.
Estamos saindo fortes do
pós-pandemia. Um dos maiores acertos foi manter a indústria da construção civil
funcionando, com a colaboração das empresas para que fossem tomados todos os
cuidados sanitários. Isso permitiu um grande impulso, tanto em obras privadas
quanto públicas, aliás, aceleradas.
Já terminamos as obras
que encontramos paradas, caso das três estações de metrô já inauguradas (em
Taguatinga e duas na Asa Sul), do complexo viário Joaquim Roriz, na saída
norte, que facilitou muito a vida de quem vive na região e beneficia 100 mil
motoristas que passam por ali todo dia, e do sistema de abastecimento de água
de Corumbá IV, que acaba com essa história de racionamento hídrico entre nós.
Também reerguemos o viaduto que desabou no Eixão Sul e ficou no chão por dez
meses, inauguramos uma Galeria dos Estados mais moderna e confortável e tivemos
o cuidado extra de reforçar a estrutura de todos os viadutos do Plano Piloto,
que estavam em situação precária, mesmo trabalho que está sendo feito na Ponte
Costa e Silva.
Outros projetos foram
recuperados, modernizados e finalmente estão saindo do papel, caso do grande
Hospital do Câncer Dr. Jofran Frejat, que já está em obras e certamente será
uma referência no tratamento dessa doença terrível, do Túnel de Taguatinga, que
já está em fase final e entrará em funcionamento nos próximos meses, assim como
o viaduto na entrada do Recanto das Emas, que vai melhorar a vida de 150 mil
motoristas que passam ali todos os dias.
Nosso secretário de
governo, meu amigo José Humberto Pires, gosta de contar. Ele diz que são mais
de 1.600 obras. Reconheço que muitas atrasaram um pouco, mas na verdade a
pandemia atrasou a vida de todos por dois anos — parou até os campeonatos de
futebol e as novelas da TV; mas quem me conhece sabe que eu não gosto de olhar
pelo retrovisor. Olhando para frente, reformamos todas as mais de 600 escolas
do DF durante a pandemia, construímos creches e mais escolas.
Na área da saúde, depois
de completar as equipes, reformar e abastecer as seis Unidades de Pronto
Atendimento que funcionavam precariamente, construímos mais sete UPAs,
ampliando em mais 32 mil o número de atendimentos por mês. O programa Saúde da
Família hoje tem a maior cobertura do país; já construímos 10 Unidades Básicas
de Saúde e ainda este ano temos projeto de fazer mais 18. Isso sem contar a
Clínica da Mulher na Asa Sul e a Casa da Mulher Brasileira, em Ceilândia. (Vídeo ~~~)