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Quedas após flexibilização.

Quedas após flexibilização. Média diária de infecções e mortes pelo Sars-CoV-2 segue trajetória de declínio após desobrigação do uso de máscaras no DF.

 

Passados 30 dias desde a liberação do uso de máscaras de proteção em locais fechados, o Distrito Federal segue com número de casos da covid-19 e mortes provocadas pela doença em queda. Com base nos dados dos boletins informativos da Secretaria de Saúde (SES-DF), o Correio avaliou o cenário da pandemia após a desobrigação. Os resultados mostraram que a média diária de infecções e óbitos caíram 96,6% e 50%, respectivamente, na comparação dos períodos de 30 dias que antecederam e sucederam a medida.


O decreto que trata do tema foi publicado no Diário Oficial do Distrito Federal (DODF) em 10 de março. Ontem, a capital do país acumulava 693.413 casos e 11.610 mortes por covid-19 (leia Panorama). A infectologista Ana Helena Germoglio considera o atual cenário positivo, mas faz um alerta. “O avanço da imunização e a contínua queda dos casos graves faz crer que a retirada de máscaras ainda é segura. Mas isso é algo importante a ser avaliado constantemente”, enfatiza a médica.


Mesmo com a liberação, muitos brasilienses decidiram manter o item sobre o rosto, inclusive, em locais abertos. E a infectologista orienta que pessoas idosas e dos grupos de risco, prioritariamente, mantenham esse hábito, por segurança. “O risco é individual. Então, cada um deve fazer a gestão própria desse risco e ponderar a necessidade do uso da máscara quando estiver com muitas pessoas próximas”, completa Ana Helena.

Os números também revelam que, no período considerado, a ocupação de leitos em unidades de terapia intensiva (UTIs) para covid-19 nos hospitais públicos do DF teve queda de 82%. Em 10 de fevereiro, 97 pessoas estavam internadas com o novo coronavírus. No mês seguinte, em 10 de março, o número de pacientes passou para 64; 29 dias depois — ontem — havia 17 leitos ocupados. “Com a retirada da máscara, era esperado que houvesse repique de casos. Mas, com o avanço da imunização e o início da aplicação das doses de reforço, outros parâmetros precisam ser levados em conta, pois tivemos uma variante muito mais transmissível (a ômicron), mas que gerou casos mais leves”, avalia a infectologista.


Darcianne Diogo – Correio Braziliense


 

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