O Ministro da
Defesa, general Paulo Sérgio Nogueira de Oliveira, voltou a defender nesta
quarta-feira (6/7) a participação das Forças Armadas nas eleições de 2022.
Segundo o ministro, existiu um convite do Tribunal Superior Eleitoral
(TSE) no ano passado para que as Forças Armadas fizessem parte da comissão de
transparência das eleições.
“As Forças Armadas
estavam quietinhas no seu canto, no bom sentido, no vocabulário da minha terra,
e foram convidadas pelo Tribunal Superior Eleitoral para participarem dessa
comissão de transparência das eleições. Naquele momento nós, as três forças, nos
reunimos para definir a nossa participação”, afirmou o general.
A fala ocorreu durante
audiência pública realizada pela Comissão de Relações Exteriores e Defesa
Nacional, da Câmara dos Deputados. Também participaram da audiência os
comandantes das Forças Armadas: Almir Garnier Santos (Marinha), Marco Antônio
Freire Gomes (Exército) e Carlos de Almeida Baptista
Junior (Aeronáutica).
“Nenhum sistema
informatizado é totalmente inviolável. Sempre existirão riscos, e citei os
bancos, que gastam milhões com sistemas de segurança. Citei também na minha
apresentação que não se trata, quando a gente trata desse assunto, de qualquer
dúvida com relação ao sistema eleitoral”, disse o ministro da Defesa.
As Forças Armadas fazem
parte da Comissão de Transparência Eleitoral do TSE desde setembro do ano
passado. De acordo com o ministro Paulo Sérgio Nogueira, a participação ocorre
com uma equipe técnica de integrantes das Forças e “no final, a decisão será do
Tribunal Superior Eleitoral”.
Fachin afirma que Forças armadas podem colaborar, mas não intervir: Ainda nesta quarta-feira (6/7), o presidente do TSE, ministro Luiz Edson Fachin, defendeu que as Forças Armadas podem colaborar com o processo eleitoral, mas não intervir. Ele participou de uma palestra em Washington, Estados Unidos, organizada pelo Brazil Institute, do instituto de pesquisa Wilson Center.