A história mostra o quanto é expressiva a
contribuição do Nordeste para a cultura brasileira. Isso é perceptível nos
campos da literatura, cinema, teatro, artes plásticas, artesanato e,
obviamente, da música. Por ser minha área de atuação, vou me ater à
manifestação artística citada por último, na sequência deste texto.
Mostro aqui um elenco de cantores, compositores e
instrumentistas, de importância inquestionável, originários da região do país,
que nada têm de analfabetos — muito pelo contrário — como querem alguns. Os
alagoanos Hermeto Pascoal e Djavan são nordestinos, assim como os baianos
Dorival Caymmi, João Gilberto, Caetano Veloso, Gilberto Gil, Tom Zé, Raul
Seixas, Moraes Moreira, Carlinhos Brown, Maria Bethânia, Bell Marques, Gal
Costa, Simone, Ivete Sangalo, Daniela Mercury e Margareth Menezes.
No Ceará nasceram Belchior, Raimundo Fagner,
Ednardo, Petrúcio Maia, Fausto Nilo, Ewaldo Gouveia e Patativa do Assaré —
todos nordestinos, da mesma forma que os maranhenses João do Vale, Zeca
Baleiro, Nonato Buzar, Tião Carvalho, Alcione e Pablo Vittar.
Os paraibanos Jackson do Pandeiro, Geraldo
Vandré, Zé Ramalho, Herbert Vianna, Chico César, Elba Ramalho, Marinês e
Juliete, nordestinos da gema, são conterrâneos dos pernambucanos Luiz Gonzaga,
Alceu Valença, Geraldo Azevedo, Dominguinhos, Chico Science e Capiba.
Igualmente nordestinos
são os piauienses Torquato Neto, os irmãos Clodo, Climério e Clésio, e as
rio-grandenses do norte Ademilde Fonseca, Roberta Sá e Marina Elali.
Proveniente de Barreiras, no Oeste da Bahia — terra natal, também, de Alcivando
Luz e Saulo Fernandes — , sou nordestino com muito orgulho.