Com a medida, o governo federal quer alcançar a
universalização dos serviços de saneamento até 2033. As mudanças assinadas
devem representar um investimento de R$ 120 bilhões em uma década e beneficiar
mais de 29,8 milhões de pessoas.
Uma das medidas é o fim do limite de 25% para a realização de parcerias público-privadas (PPPs) pelos estados. Segundo o governo federal, isso fará com que mais de 1,1 mil municípios voltem a acessar recursos de saneamento básico e atinjam a meta de universalização dos serviços.
Os textos assinados pelo presidente Lula regulamentam a Lei nº 11.445/2007, alterada pela Lei nº 14.026/2020, que define as regras para o saneamento no país, entre elas a garantia de abastecimento de água, o esgotamento sanitário, a limpeza urbana, o manejo de resíduos sólidos e a drenagem e o manejo de águas pluviais.
Segundo o presidente da Companhia de Saneamento Ambiental do Distrito Federal (Caesb), Pedro Cardoso, o órgão está alinhado junto às demais empresas de saneamento para viabilizar investimentos estruturais ao setor. “Além dos esforços em prol da universalização dos serviços, a companhia também possui atuação expressiva em outros processos, entre eles a gestão ambiental de recursos hídricos, projetos sociais e exportação de conhecimento e tecnologias do setor. No último ano, inauguramos o Sistema Produtor de Água de Corumbá, que garantirá a segurança hídrica do DF para as próximas décadas, a partir do incremento de 12,49% na capacidade de produção de água do DF”, detalhou.
Ainda de acordo com a Caesb, há investimentos previstos na expansão dos Sistemas Produtores de Água Paranoá Norte, Corumbá e Brazlândia, do sistema de esgotamento sanitário e na ampliação e melhoria das estações de tratamento de esgoto.
Situação do DF: No Distrito Federal, a Caesb trata 100% do esgoto coletado. Com relação à coleta de esgoto, o índice chega a 92,31% e o de perdas – desperdício, ligações clandestinas e outras situações – caiu para 33,81%. Em relação a municípios com mais de 1,4 milhão de habitantes, a Companhia de Saneamento Ambiental do DF ocupa o 7º lugar no atendimento de água e o 6º no índice de atendimento de esgoto, mesmo ocupando o 3º lugar em termos populacionais do país. Os dados são do Ranking do Saneamento 2023 elaborado pelo Instituto Trata Brasil.
Quando comparado a municípios de diferentes portes, a companhia figura na 20ª posição, mas levando em conta municípios com populações que variam de 285 mil a 12 milhões de habitantes. Segundo a Caesb, a avaliação do porte dos municípios é de extrema importância dadas as dificuldades inerentes às grandes metrópoles, no que diz respeito ao crescimento populacional e à ocupação desordenada.