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Bolsonaro reitera papel de "ex" na Agrishow

Bolsonaro reitera papel de "ex" na Agrishow

 

Aos gritos de “mito” e de “Lula ladrão”, o ex-presidente da República, Jair Bolsonaro (PL), foi recebido pelos visitantes da principal feira agrícola do Brasil, a Agrishow, realizada nesta semana em Ribeirão Preto (SP). Bolsonaro chegou, ontem, ao evento acompanhado do governador do estado, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e fez um breve pronunciamento em uma solenidade reservada ao governador para liberação de títulos de revitalização fundiária, entrega de tratores para produtores rurais e assinatura de títulos de assentamento estadual.

 

Bolsonaro reforçou a importância do agronegócio para o país e criticou a homologação de terras indígenas e quilombolas no Brasil. “Em uma das reservas indígenas, há 31 mil hectares e apenas nove indígenas lá, algo não está certo”, disse o ex-presidente sem detalhar a que área se referia.

 

Na ocasião, o ex-presidentre elogiou a gestão de Tarcísio de Freitas à frente do governo do Estado de São Paulo. Sem mencionar a disputa política com o atual governo, Bolsonaro disse que há momentos que devem ser considerados “como página virada”. “A nossa vida continua até o dia que Deus nos chame para a eternidade”, afirmou. “Eu tenho muita coisa para falar para vocês, mas, como sou ‘ex’, encerro por aqui”, disse ao finalizar o pronunciamento no evento.

 

Reduto eleitoral: Depois, o Bolsonaro e o governador passearam por alguns estandes da feira, seguidos por centenas de visitantes que se aglomeravam e empurravam.

 

Os dois subiram em tratores e acenaram aos apoiadores. Alguns dos eleitores de Tarcísio e Bolsonaro portavam bandeiras do Brasil, cantando, em coro, o hino nacional brasileiro.

 

A Agrishow é um reduto eleitoral de Jair Bolsonaro, que ainda mantém fortes ligações com o setor. A expectativa da presença dele foi amplamente divulgada no interior paulista e também motivo de atrito entre a organização da feira e membros do governo do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). 

 

O ministro da Agricultura, Carlos Fávaro, afirmou que a organização do evento sugeriu a ele que fosse apenas no segundo dia do evento, para evitar constrangimentos diante da presença de Bolsonaro na abertura. O gesto foi recebido no Palácio do Planalto como uma “descortesia” e como demonstração de uma priorização do ex-presidente.

 

Neste ano, pela primeira vez, a Agrishow não realizará uma abertura oficial com a presença de organizadores do evento e integrantes do governo federal. A suspensão da atividade ocorreu após o mal-estar com o Executivo. O presidente do evento, Francisco Matturro, afirmou ter alertado o ministro da Agricultura quanto à possível presença do ex-presidente Jair Bolsonaro na abertura do evento, mas negou o desconvite.


Correio Braziliense – Foto: Blog-Google





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