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Quando o início da obra é o telhado


Quando o início da obra é o telhado

São muitas as questões para se resolver em relação ao consumo e à venda de drogas em nosso país, antes que leis ou outras regulações jurídicas venham a ser implementadas, na busca vã de pôr um ponto final nesse problema.  Essa questão, por sua complexidade, parece ser um daqueles fatos, gerados pela realidade nacional e mundial, que a humanidade busca incessantemente solucionar, até como saída para perpetuar a existência da própria civilização. Trata-se de uma questão dialética, a mostrar que, no seio ou núcleo da sociedade, existe um elemento que possui o poder de destruí-la por dentro.

Para a polícia, que não se perde nessas e outras elucubrações de fundo existencial, a solução mais viável está em estrangular economicamente o tráfico dessas substâncias. Fossem enumeradas aqui, as possíveis soluções reais e fictícias para acabar com esse problema, esse espaço seria insuficiente.

Pegando um atalho nessa questão, fica claro, logo de saída, que cabe, à população, na forma de consulta popular, dizer o que quer o Estado faça para resolver esse problema, que vem se arrastando por anos e que parece crescer exponencialmente com o passar do tempo. Enquanto nada é feito, as cracolândias e os zumbis, que nelas habitam, continuam medrando em cada canto desse país, como erva daninha. Trata-se de um problema a olhos vistos. A prosperar com essa miséria humana, dezenas de organizações do crime se espalham por todo o território nacional, tornando nosso país mais perigoso do que as verdadeiras zonas de guerra existentes hoje no mundo.

O receituário vindo de El Salvador, onde o governo local construiu um mega presídio e nele colocou todos os criminosos que atuavam no país, parece ainda uma solução distante de nossa realidade. Mas há que reconhecer:  isso é justamente o que grande parte dos brasileiros quer ver acontecer por aqui. Afinal, o país real, vive longe das sedes do poder, em periferias comandadas pelo crime.

Nossas cidades se transformaram em selvas. Somente com base nas respostas oferecidas pela população soberana, por meio de consulta direta, é que os poderes poderiam agir. A começar, obviamente, pelo Legislativo. Qualquer outro modelo diferente dessa sequência ou roteiro, está fadado ao fracasso. Infelizmente, o que estamos assistindo é uma Corte tomando para si a tarefa de buscar uma solução como se fosse possível começar a construção de um edifício pelo telhado. Nada mais ilusório e inútil.

Por certo, os grandes chefões do crime organizado, que possuem boa parte de seus negócios lastreados na comercialização de drogas, estão comemorando todo esse non sense. Pudesse a população externar, livre e diretamente, seu parecer sobre essa questão, outros seriam os caminhos apontados. Caso fosse perguntado, à sociedade, como limitar ou impedir o avanço dessa praga sobre a sociedade, a resposta seria, logo de saída: primeiramente, blindando e imunizando toda a máquina pública e suas instituições desse flagelo. De que forma? Impedindo que todo e qualquer indivíduo, que faça uso dessas substâncias, atue nesses serviços. Como? Por meio da realização de exames periódicos, como é feito hoje nos esportes.

Essa história de ficar decidindo, agora, a quantidade de drogas que cada consumidor pode portar, de tão surreal, não merece ser discutida. A não ser que esse seja uma espécie de desejo secreto, alimentado pelas elites, que pensam em dominar o país, tornando sua população alienada e fácil de ser manipulada.


A frase que foi pronunciada: “Um critério puramente objetivo, de quantidades, irremediavelmente legitimaria o tráfico de pequenas quantidades. Não se resolve em um passe de mágica. Há pequena quantidade que é objeto de tráfico, assim como uma quantidade maior pode ser para isso.” (Senador Pacheco)


Diga leitor: Proibiram os supermercados de usar sacola para guardar as compras para proteger a natureza. Mas se o estabelecimento quiser vender a mesma sacola para o consumidor, daí é permitido. Qual a natureza dessa iniciativa? Que meio ambiente foi protegido nesse caso?


Caixinha, obrigada: Um liquidificador da década de 60 pode perfeitamente estar funcionando hoje em dia. Com uma boa manutenção, nada impediria. Acontece que os celulares caríssimos, envelhecem rápido. Aplicativos que são atualizados não são comportados em aparelhos antigos. O caso abrange, inclusive, o Banco do Brasil, cujo aplicativo é rejeitado, por exemplo, no Galaxy Note4 modelo SM-N910C.


Circe Cunha e Mamfil – Coluna “Visto, lido e ouvido” – Ari Cunha – Fotos: Paulo Pinto/Agência Brasil -  Jefferson Rudy/Agência Senado -  Paulo Frazão/Rede Amazônica - Imagem: Divulgação – Correio Braziliense





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