Esta
semana reúnem-se no Rio ministros da Fazenda e presidentes dos bancos centrais
dos países integrantes do Grupo dos 20, como preparatória da cúpula de
novembro. O ministro Fernando Haddad quer taxar os mais ricos, em nome da
justiça social. É gente que usou inteligência, inovação, descoberta,
oportunidade e virou bilionária. Criou oportunidades, emprego, atendeu a
milhões de consumidores, produziu muito e já paga muito imposto. Jorge Gerdau
Johannpeter já pagava muito imposto antes mesmo de produzir a primeira tonelada
de aço em suas refinarias. São pessoas que são exemplo para os jovens que
sonhem em ter sucesso na vida. Mas a ideologia no governo os trata como maus
exemplos que devem ser punidos com mais tributos. Isso é injustiça e não
justiça social. E taxação faz mal ao investimento. Capitais buscam lugares
amistosos e não punitivos.
Injustiçados
por quê, se enriqueceram sem favores ilícitos, sem pagar propina para
autoridades e partidos políticos, se movimentaram a economia, pagaram salários
e tributos? Injustiça social é quando o Estado tira a renda de pessoas e
empresas que precisam trabalhar o equivalente a cinco meses para cumprir a
imposição de tributos, supostamente para prestar serviços que o Estado não
presta ou presta mal, como saúde, educação, segurança, justiça, saneamento
básico. Isso só é apenas injustiça porque o Estado faz isso baseado em leis. É
o que impede de classificar isso como estelionato.
Também
querem taxar mais as heranças e impedir que nossa previdência privada VGBL
possa passar para nossos herdeiros indicados no banco diretamente, sem passar
por inventário, como foi acordado no dia da aplicação. O Estado brasileiro vive
de nossos impostos, mas gastá-los consigo mesmo, em mordomias, privilégios,
gratificações, horário de trabalho, férias e aposentadorias maiores que as de
quem o sustenta, é pura injustiça social, parecida com a relação entre senhores
feudais e os servos.
Injustiça
social é o que nos mostra o IBGE. Na população brasileira, os que produzem
riqueza, pagam impostos e dão empregos são apenas 21% dos brasileiros – cerca
de 43 milhões de empresários, empregados, empreendedores. Os que vivem de bolsa
família são 56 milhões (28%); 53 milhões estão abaixo de 18 anos (26%); 39
milhões (19%) são aposentados e pensionistas que já pagaram a previdência; e 12
milhões (6%) são do serviço público, que não cria riqueza e tem a mania de
atrapalhar quem cria. Quer dizer, 21% dos brasileiros sustentam quase 80%. É
isso justiça social?