A
nossa presidente Dilma Rousseff fez escola – e não é pouca coisa, tem alunos lá
na França. Vocês estão lembrados do que ela disse: “não acho que quem ganhar ou
quem perder vai ganhar ou perder, vai todo mundo perder”. Foi uma frase lapidar
da presidente Dilma. Agora, Emmanuel Macron diz que ninguém ganhou a eleição,
ninguém tem força para, sozinho, governar a França através do parlamento.
E
o pior é que é verdade, ninguém ganhou. Eu mostrei para vocês que a direita fez
37% dos votos e ficou em terceiro lugar em número de cadeiras, embora tenha
subido de 80 para 143 deputados. A esquerda, que ficou em segundo lugar em
votos, elegeu o maior número de parlamentares. São os distritos eleitorais que
regem isso aí. E a tal união de esquerda funciona só para efeito de eleição;
eles não se entendem, não conseguem maioria no parlamento. É isso que Macron
está dizendo. Vão ter de conversar. Tudo isso em véspera de Jogos Olímpicos,
com imigrantes e a própria esquerda bagunçando a rua. A França já foi um
destino turístico; pelo menos para mim já não é mais.
Reforma
tributária do PT fatalmente terminará com mais imposto : Aqui o importante
é a discussão da reforma tributária. Criaram três impostos para substituir
cinco: no lugar de PIS, Cofins, ICMS, IPI e ISS, entram o Imposto sobre Bens e
Serviços, a Contribuição sobre Bens e Serviços e o Imposto Seletivo. A coisa
está funcionando assim: no caso do imposto seletivo, quem vai pagar? O carro
elétrico, porque não há onde botar a bateria velha, e por aí vai.
Essa
é uma proposta do governo, que virou emenda constitucional aprovada no ano
passado, e agora é preciso regulamentar isso por lei complementar. Mas o que o
governo quer? O líder José Guimarães diz que o governo quer o fim da guerra
fiscal entre estados, a unificação dos tributos e a isenção da cesta básica. Eu
não sei o que ficou até agora; na hora em que fiz esta gravação estávamos
discutindo se a carne entra ou a carne sai. Fica o patinho, fica o pescoço ou
fica a picanha? O fato é que não vemos hoje, na cesta básica, muita coisa mais
nobre em termos de queijos e carnes, por exemplo. E duvido que façam uma
reforma tributária que não seja para aumentar os nossos impostos, embora eles
tenham essa meta de 26,5% de alíquota.
Desvio
gigantesco em obras da Odebrecht foi só um erro que não deve ser punido, diz
TCU
Quanta
coincidência: o TCU examinou obras da Odebrecht em aeroportos de Angola, Cuba,
Moçambique e Gana, todos do tempo do governo do PT, e constatou um desvio de
finalidade de US$ 96,5 milhões – dá quase meio bilhão de reais –, porque o
financiamento do BNDES foi de US$ 246 milhões e a empresa só exportou bens para
as obras na ordem de US$ 150 milhões. Mas vejam só que maravilha a conclusão do
TCU: foi um erro grosseiro, mas sem penalidade nem multa, diz o relator. Esse
sistema funcionou de 1990 até 2017 e beneficiou as grandes empreiteiras
brasileiras.