Joe
Biden anuncia que vai se retirar da disputa eleitoral por meio de uma mensagem
no antigo Twitter. Durante o dia todo, o presidente não apareceu na TV para
explicar, não vimos uma só foto dele assinando a tal nota, nada. A esta altura,
até alguns americanos já descobriram a figura trágica do "Tio Paulo",
que foi ao banco falecido para "assinar" um documento. O paralelo é
inevitável.
O
Partido Democrata se meteu numa sinuca de bico, num atoleiro sem tamanho. Por
meses, quiçá anos, todos repetiram que era mentira ou distorção republicana o
foco demasiado na senilidade de Joe Biden. Era tudo "cheap news",
edição de vídeos para criar a narrativa de que o presidente não estava bem. Ele
estava "afiado" como nunca, mentiam os democratas com a cumplicidade
da mídia. Aí veio o debate...
Foi
a certeza da derrota que levou a cúpula democrata a substituir Biden por meio
de insuportável pressão – e sabe-se lá mais qual tipo de oferta nos bastidores
No
fiasco que o mundo todo viu, Biden traiu seus comparsas, pois não conseguiu
esconder o que todos jogavam para baixo do tapete. A revolta com Biden veio
disso – de sua incapacidade de manter a grande mentira por uma horinha. Como a
desgraça no debate fez com que a vantagem de Trump aumentasse ainda mais nas
pesquisas, Biden sofreu intensa pressão para desistir.
O
que finalmente aconteceu neste fim de semana. Mas, make no mistake: Biden só
teve que sair porque ia certamente perder, não por estar sem o controle de suas
faculdades mentais. Os democratas não ligam a mínima para a perda cognitiva de
Biden, para sua demência, desde que possam manter o poder. Foi a certeza da
derrota que levou a cúpula democrata a substituir Biden por meio de
insuportável pressão – e sabe-se lá mais qual tipo de oferta nos bastidores.
Os
delegados do partido escolheram Biden e ele era o candidato, somente ele
poderia desistir. Deram um jeito de o "tio Paulo" pular fora. Para
"salvar a democracia", a elite democrata ignorou o processo
democrático interno. E ainda tentou vender ao público a ideia de que foi um
gesto de grandeza de Biden. Alguns bobocas caíram nessa ladainha ridícula, como
se o presidente não tivesse sido basicamente forçado a desistir.
Os
republicanos dedicaram meses em recursos e estratégia para derrotar Biden, e
agora o jogo recomeça, provavelmente com Kamala Harris na disputa – saberemos
no dia 19 de agosto, na convenção aberta do Partido Democrata. Trump chegou a
questionar se o seu partido não merecia reembolso pelas despesas de campanha
numa clara fraude eleitoral. É uma boa pergunta. Também temos o direito de
perguntar se Biden desistiria caso a tentativa de assassinato de Trump tivesse
sido bem-sucedida.
O
Partido Democrata virou uma espécie de organização criminosa, disposto a tudo
pelo poder. Não faz muito tempo esse era o partido de JFK ou até mesmo Bill
Clinton, que não era flor que se cheira, mas tinha uma política bem mais
moderada. Hoje é um bando de radicais mentirosos que topam tudo por dinheiro e
poder. Ou seja, o Partido Democrata virou um PT da vida!
A
desistência de Biden, da forma como se deu e pelos óbvios motivos, representa o
maior vexame do Partido Democrata. Biden não tem mais condição de se manter na
disputa, alegam aqueles que não ligam para o fato de ele ainda ser o presidente
da nação mais poderosa do planeta. A esquerda é mesmo podre em todo canto do
mundo. Sua obsessão pelo poder chega a ser doentia. E leva a esse tipo de
cálculo frio e desumano, que torna indivíduos em meios manipuláveis e
sacrificáveis para seu único propósito: o poder.