Difícil imaginar uma situação mais surreal para um
país, beira o ficcional: o homem mais rico do mundo peita um ministro da
Suprema Corte brasileira ao vivo, em escalada alucinante. De um lado, um
“capitalista selvagem”, um empreendedor em série que possui, além do seu
patrimônio, uma invejável clareza ideológica libertária e um inquebrantável
compromisso com a defesa das liberdades, em particular a de expressão.
De outro, um burocrata de carreira, indicado e
aprovado para o posto que ocupa na mais alta Corte do país por políticos, e
cujo maior fiador para sua permanência no poder é um sistema cleptocrático e um
governo de esquerda marxista anti-liberal.
Abstraindo-nos dos efeitos práticos dessa épica
batalha e que têm crescentemente afetado o dia a dia dos brasileiros, a exemplo
da iminente derrubada do X no país, o enredo em curso parece de uma obra
ficcional. Ayn Rand, escritora russo-americana que publicou o clássico e
imperdível livro "A Revolta de Atlas" (ou, no original em inglês,
“Who is John Galt”), assistiria estupefata a versão tupiniquim de seu distópico
romance.
A mais recente e emocionante batalha entre mocinho e
bandido, entre o defensor da liberdade e o tirano autoritário, foi a imposição
de pesadas multas à empresa de Elon Musk e a ameaça de prisão de sua advogada
caso não se sujeitasse às ordens ilegais e abusivas de Alexandre de Moraes. A
recusa em colaborar com o ditador levou Musk a demitir todos os funcionários do
X no Brasil e encerrar as atividades da empresa em solo brasileiro.
Que os exemplos de Elon Musk e da Starlink representem
a verdadeira vontade do povo brasileiro e ecoem nas autoridades que estão
inertes
Como tem feito sucessivamente, o abusador decidiu
dobrar a aposta. “Intimou" Elon Musk postando no próprio X, na noite de
quarta-feira, 28 de agosto, um mandado em que promete derrubar a plataforma
inteira em vinte e quatro horas, no Brasil, caso Musk insista em não colaborar
- coisa, que aliás, vergonhosamente outras Big Techs como Google e Meta têm
feito. Detalhe: Musk não é, sequer, o representante legal da empresa cuja CEO é
Linda Yaccarino.
A corroboração de que Moraes tem o apoio do sistema
cleptocrático brasileiro: o post feito pelo ministro para intimar Musk saiu da
conta do próprio Supremo Tribunal Federal, no X. Ou seja: a instituição
sustenta esse arbítrio, está corrompida pela tirania. Não bastasse o insolente
mandado de intimação, nesta quinta-feira a empresa Starlink, fundada por Musk
mas de capital aberto, revelou que teve todos seus bens bloqueados por
Alexandre de Moraes para garantir o pagamento de multas impostas ao X - todas,
aliás, decididas sem devido processo e nenhum tipo de chance de defesa para a
plataforma.
De forma corajosa e íntegra, a empresa Starlink enviou
comunicado a todos os seus usuários no Brasil informando da situação e
confrontando a decisão da Suprema Corte não apenas no caso que lhe toca
diretamente, mas também chamando as decisões impostas sobre o X daquilo que são
inconstitucionais. Ah, se todas as empresas e empresários brasileiros começarem
a se revoltar contra esse estado de coisas e se unirem contra esse estamento
burocrático indecente e tirânico brasileiro!
É isso, na verdade, que estamos prestes a ver
acontecer no país. A ruptura institucional já se deu há muito tempo, partindo
do Supremo Tribunal Federal e do estamento burocrático, e o povo na rua é a
última esperança para a defesa das liberdades no nosso país. No dia 7 de
Setembro teremos as maiores manifestações da história. Será o grande momento
para quem quiser um país livre levantar-se contra quem aplica a tirania.
Que os exemplos de Elon Musk e da Starlink representem
a verdadeira vontade do povo brasileiro e ecoem nas autoridades que estão
inertes: chega de abusos, chega de tirania! Queremos nossa liberdade de volta!
Impeachment de Alexandre de Moraes, anistia aos perseguidos políticos e CPI do
Abuso de Autoridade, já!