Já que os ministros do STF, em coro com
a velha imprensa, falam tanto de "contexto", vamos analisar o
seguinte contexto: Donald Trump teve uma vitória emblemática e acachapante nos
Estados Unidos, levando Câmara e Senado além da maioria dos governos estaduais.
Na Argentina, ao lado do Brasil, Javier
Milei vem fazendo um ótimo trabalho para consertar a lambança deixada pelos
lulistas. Nas eleições municipais brasileiras, a esquerda petista levou uma
surra.
Eis aí o contexto: a direita avança, a
onda conservadora é forte. No Brasil, uma crise econômica está contratada por
conta da irresponsabilidade de um desgoverno perdulário. Em 2026, esse será o
ambiente da disputa presidencial.
Além disso, Alexandre de Moraes sabe
que poderá ser condenado em processos nos Estados Unidos. Tem a estranha
história de um documento adulterado ou forjado para prender Filipe Martins; tem
as decisões arbitrárias contra as Big Techs durante as eleições, além da
investida contra a Starlink de Elon Musk; existem denúncias de violações de
direitos individuais de cidadãos americanos; e claro, as denúncias de abusos
contra direitos humanos de presos do 8 de janeiro.
O sistema precisa justificar que fez
tudo que fez – incluindo inúmeros crimes – para "salvar a
democracia". Mesmo que não haja qualquer ameaça concreta ao Estado de
Direito – ao menos não uma vindo pela direita – é preciso criar uma
Quando surge um caso estranho de um
sujeito que joga fogos de artifício e morre depois, isso cai como uma luva para
a narrativa de "ameaça contra o Estado de Direito" ou "grupos
terroristas atentando contra a democracia". Dias depois, vem essa história
esquisita de militares que planejavam a morte de Lula, Alckmin e do próprio
Moraes.
O episódio relatado pela PF é tão
bizarro que desafia a lógica em alguns momentos. Mauro Cid não tinha mais o que
contribuir como delator para o sistema, já que as denúncias não se sustentavam:
cartão de vacinas, joias etc. Já havia especulação na imprensa de que ele
voltaria para delatar "algo mais", nem que fosse para usar a
"criatividade". Aí vem essa onda de prisões de militares pela PF?
Fernão Lara Mesquita comenta:
"Quatro dos militares de tropas especiais do exercito de altíssima
periculosidade, posto que articularam um golpe que começava pelo assassinato
por envenenamento (!!!) de Lula, Alckmin e Alexandre de Moraes, foram presos no
Rio de Janeiro, onde, – pasmem! – eram parte do esquema de segurança da reunião
de cúpula do G-20!!!"
Mesquita acrescenta: "De Joe Biden
a Xi Jinping – passando especialmente pelo alvo de toda a trama, o próprio Luiz
Inácio Lula da Silva – estiveram, portanto, com suas vidas sob altíssimo risco
desde que começou o convescote internacional". Pois é, acredite quem
quiser!
Em suma, temos aí o contexto do que
acontece no país hoje: jornalistas foram e seguem censurados pelo STF sem
qualquer crime cometido, vários bolsonaristas foram presos de forma arbitrária,
a plataforma que preserva a liberdade de expressão foi perseguida e seu dono,
um americano bilionário, foi incluído em inquérito supremo, e mesmo assim a
direita avança.
O sistema precisa justificar que fez
tudo que fez – incluindo inúmeros crimes – para "salvar a
democracia". Mesmo que não haja qualquer ameaça concreta ao Estado de
Direito – ao menos não uma vindo pela direita – é preciso criar uma, para dar
um verniz de legitimidade ao verdadeiro golpe que destruiu nossa democracia.
"Derrotamos o bolsonarismo",
disse um ministro supremo. "Perdeu mané, não amola", disse o mesmo.
Mas o povo insiste em "amolar", então resta o sistema correr para ter
pretextos para banir o bolsonarismo de toda disputa política. O Brasil não é
para amadores. Tampouco é um país sério...
Parabéns pela reportagem, o sistema tem pressa mesmo, mas a verdade vai prevalecer. 🙏
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