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Atriz lulista é assaltada e protesta

Atriz lulista é assaltada e protesta

A atriz Christiane Torloni publicou um desabafo emocionado nas redes sociais. Ela contou que estava passeando de bicicleta na Lagoa, área nobre do Rio de Janeiro, quando teve um cordão arrancado de seu pescoço. Torloni disse então que teve que passar o resto do Carnaval trancada em casa.

No seu desabafo, a atriz se queixou do poder público - afirmando, a partir da sua experiência traumática, que o cidadão virou refém do crime. Foi bom Christiane ter acrescentado um contexto político à sua mensagem. Ela recomendou o voto em Lula em 2022 pela volta do amor, da paz e da harmonia.

O candidato que ela escolheu - e recomendou à sua multidão de fãs que também escolhesse - acha, e já havia expressado isso com clareza, que é natural alguém decidir roubar um celular. A comparação entre o bem a ser roubado e o bem a ser consumido parecia até um pouco desproporcional, mas com a escalada dos preços dos alimentos ela até ganhou mais sentido ultimamente.

E se o ladrão do cordão que estava no pescoço de Torloni tiver vendido a peça para tomar uma cervejinha? Será que ele reconsideraria o seu desabafo?

“Afinal, quando escolhemos os nossos candidatos, estamos avalizando os princípios que eles defendem”

Ninguém decide um voto, muito menos apregoa esse voto, em nome de uma propaganda fútil que afete uma bondade inexistente, certo? Ou errado? Questão complexa, vamos pulá-la. 

O atual vice-presidente da República havia afirmado que as intenções presidenciais do PT após a prisão de Lula significavam um desejo de retorno à “cena do crime”. Seria esse o mesmo crime do qual Torloni afirmou que o cidadão virou refém? Será que ao fazer propaganda do voto em Lula, a atriz, que tem influência suficiente para isso, deu uma ligada para o Alckmin para que ele lhe explicasse melhor aquela história de voltar à cena do crime?

Difícil saber, mas também não sejamos exigentes demais. A supressão de um cordão pode ser um crime muito mais nocivo do que negociatas milionárias com empreiteiras, ainda mais se aparecer alguém dizendo que esses crimes não tiveram culpados. Cada um se incomoda com o crime que quiser e ninguém tem nada com isso. Viva a liberdade. 

Por isso é tão importante para a população indefesa ter celebridades esclarecidas que sirvam como farol para suas escolhas. Vamos ficar de olho na recomendação de voto da Christiane Torloni ano que vem, para não fazer besteira na hora de escolher o candidato.

Sobre o problema de ficar refém do crime, talvez falte só um upgrade no status petista. Como todos sabem, aliados do partido circulam tranquilamente, sem segurança, em áreas violentas dominadas pelo tráfico. Requeira também o seu passaporte diplomático para zonas de conflito e seja feliz.


Guilherme Fiuza – Foto:Reprodução/Instagram/christorloni – Gazeta do Povo




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