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A complacência ocidental com o terror

A complacência ocidental com o terror

O lado escuro do conflito no Oriente Médio tem um discreto favorecimento no Ocidente. Ou nem tão discreto assim. Uma das maiores máquinas de propaganda terrorista já vistas na história, o grupo que hoje dá as cartas na política Palestina não recebe o repúdio de nenhuma das mais célebres vozes em defesa da causa Palestina. Ou é distração, ou é apoio tácito.

Segundo a maioria dos estudiosos confiáveis do Oriente Médio, o estado iraniano se tornou grande financiador dos grupos terroristas da região. É um assunto que a imprensa ocidental trata cheia de dedos. Provavelmente porque há aí um amplo e lucrativo campo demagógico para defender árabes contra israelenses, naquela base direita x esquerda que não quer dizer nada. 

Nessa ficção esquisita, o lado árabe representa uma espécie de desafio revolucionário ao conservadorismo israelense, etc. (muitos etcs para essa cantilena). Aí os “progressistas” ocidentais fecham os olhos para como o Irã e vários outros países nada democráticos da região tratam as mulheres e os gays e fica tudo bem na revolução de mentira. 

Como essa propaganda demagógica se espalhou fortemente no Ocidente, o ódio cultuado contra Israel gerou uma nova onda de antissemitismo ostensivo - propagado por aqueles que dizem ser contra o fascismo e o nazismo. Deve estar faltando livro de história na praça. 

A mídia deu para publicar bobagens como umas listas, que mais parecem álbuns de figurinhas, mostrando entre as estrelas hollywoodianas quem é pró-Israel e quem é pró-Palestina. Assim mesmo: só a carinha do artista e a legenda “Israel” ou “Palestina”. Tipo Fla-Flu. E olha que a lista é enorme.

A idiotização fantasiada de polarização parece não ter hora para acabar. A “tomada de posição política” virou uma coisa menos complexa que escolher entre os Beatles e os Rolling Stones. 

"A futilização do debate serve aos oportunistas. Serve aos que apostam na confusão e na segregação gratuita para vender poderes artificiais”

A protagonista do remake de Branca de Neve, por exemplo, se sentiu poderosíssima, aproveitando a notoriedade para panfletar nas redes sociais pela causa palestina.

Como sempre, aquela afetação vaga de engajamento com fins humanitários sem uma palavra sobre o terror sádico do Hamas, que hoje “representa” politicamente a Palestina. 

O produtor do filme chegou a pegar um avião para Nova York para pedir à moça que não misturasse aquele proselitismo político com a campanha de lançamento. O remake de Branca de Neve, repleto de interferências da bobajada woke, foi um fracasso de bilheteria. 

Mas a disseminação desse tipo de proselitismo pelo ocidente - chegando a levar os EUA a investir numa relação “leal” com o regime obscurantista do Irã - fortalece os devaneios despóticos e belicistas dos alucinados de sempre. 

Se a Greta está na causa, é porque o esquemão está investindo nisso - não em apoio ao povo palestino, claro, que envolveria condenar a desumanidade do Hamas (inclusive contra palestinos, como mostrou recentemente a Gazeta do Povo). O esquemão quer discórdia. Quer intoxicar o organismo para facilitar seus propósitos parasitários.

Todos os apoiadores coreográficos da Palestina que se omitem gravemente quanto ao terrorismo que se aproveita da causa são sócios da guerra.


Guilherme Fiuza - Foto: Isaac Fontana/EFE – Gazeta do Povo


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