Vendo o noticiário sobre Irã e Israel,
acho incrível que haja quem defenda um regime que considera a mulher como
cidadã de segunda, até terceira classe. E vejam que, quando o Irã era uma
monarquia, da dinastia Pahlevi, as mulheres iranianas eram das mais bem
vestidas do mundo, consideradas em sua beleza... Um exemplo: vocês sabem por
que existem tantas Soraias no Brasil? Porque Soraia era o nome da rainha do
Irã, a mulher do xá Reza Pahlevi; o casamento só foi desfeito porque o xá
precisava ter herdeiros, ela era infértil, e aí o xá divorciou-se dela e casou
com Farah Diba, que é a mãe do herdeiro da coroa do Irã. Há indicações de que o
regime dos aiatolás pode estar no fim, e esse herdeiro, que também se chama
Reza Pahlevi, como o pai, está pronto para assumir, já tem até um conselho de
governo.
E diz-se que o povo iraniano tem uma
afinidade muito grande com o povo israelense. Os iranianos são muçulmanos
xiitas, uma linha diferente dos sunitas. E os iranianos nem são árabes, são
persas; etnia e idioma são diferentes. E Israel sabe dessa afinidade, tanto que
evita bombardear alvos civis, locais com aglomerações, serviços públicos
básicos. lugares de aclumeração, prejudicar os serviços públicos básicos. Não é
como o regime de Ali Khamenei, que lança mísseis em Tel Aviv e outras grandes
cidades israelenses, atingindo bairros e edifícios residenciais.
Por que não combinar o Bolsa Família
com o trabalho? O estrago que o Bolsa Família está fazendo em muitas
atividades que exigem mão de obra está me deixando apavorado. Na quinta, vi uma
mensagem desesperada de um plantador de ponkan, dizendo que perderia a colheita
porque não havia mãos para colher, já que as pessoas, recebendo o Bolsa
Família, acham que já têm o suficiente e não precisam trabalhar. Eu já ouvi
essa queixa de muitos agricultores e pecuaristas do Nordeste. As pessoas não
querem trabalhar. Luiz Gonzaga já cantava isso, a esmola “vicia o cidadão”;
humilha e vicia.
O defeito do Bolsa Família é que
deveria incluir o trabalho. Quem agiu bem foi o prefeito de Bento Gonçalves
(RS), que perguntava: o senhor tem saúde? Tem aptidão para um trabalho, por
mais rudimentar que seja? Tem, mas não quer? Se não quer, não vai ter mais
Bolsa Família, para obrigá-lo a trabalhar. Mas os defensores públicos caíram em
cima dele, dizendo que o beneficiário tem o direito de optar. Ter, ele tem. Mas
esse dinheiro que vai para pagar o Bolsa Família não vem do governo; vem do
imposto de quem trabalha – aliás, também o defensor público é pago com dinheiro
do contribuinte.
Precisamos de uma cultura em que a
pessoa perceba que o trabalho enobrece. Isso atinge o Brasil na sua raiz, na
sua vergonha. Na minha geração era vergonhoso não trabalhar. Quando saí do
ginásio (o que hoje é o fim do ensino fundamental), com 15 anos, eu via meus
colegas já trabalhando; um dia, fui visitar a Pfizer, em cujo escritório
trabalhava um colega meu de ginásio, e eu pensava: ele já está trabalhando,
ganhando salário, e eu, onde é que estou, ainda estou estudando? Pois vamos
estudar, sim, mas inclusive estudar para nos prepararmos para ter uma boa renda
e um bom padrão de vida para nós mesmos e nossas famílias. O Bolsa Família
simplesmente deixa a pessoa estagnada, parada, ela nunca vai sair daquilo.