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A ira pouco santa do Irã

A ira pouco santa do Irã 

Não restam dúvidas de que o objetivo final no conflito entre Israel e Irã é, agora, a derrubada do regime dos Iatolás através da prisão ou morte do chamado líder supremo, Ali Khamenei, refugiado num bunker subterrâneo. O que se tem ouvido de fontes próximas desse líder xiita é que ele parece ter acordado para uma realidade derradeira e brutal buscada por ele mesmo ao longo dos anos.

O que é quase certo nessa altura do conflito é que o programa nuclear iraniano está com as horas contadas. Tão logo Israel tome o controle do país, não ficará pedra sobre pedra das pretensões iranianas de obter uma bomba nuclear. No que diz respeito ao programa nuclear iraniano e à liderança de Ali Khamenei ainda há muito o que dizer. Nos últimos anos, a retórica e as ações por parte do Irã, após a  revolução de 1979, têm se intensificado com Israel adotando uma postura defensiva e de cautela estratégica, ante às seguidas ameaças e ações protagonizadas pelo Irã e seus satélites, representados pelos grupos terroristas que cercam o país.

O foco na figura de Khamenei como alvo de ações diretas destaca a profundidade do conflito e a disposição de Israel em agir decisivamente a partir desse conflito. Mesmo assim, existem questões sobre as possíveis consequências de tal ação, tanto em termos de instabilidade regional quanto de possíveis reações internacionais. A derrubada de um regime consolidado como o dos aiatolás poderia criar um vácuo de poder, levando a um aumento da violência e da radicalização entre grupos adversários.

De outro lado, é sabido que a população, em sua grande maioria deseja se ver livre do regime islâmico e opressor dos iatolás. Além disso, o tempo parece ser um fator crucial. O avanço do programa nuclear iraniano, que já é uma preocupação global, pode levar a uma pressão ainda maior para que Israel atue antes que o Irã consiga atingir marcos críticos em seu desenvolvimento nuclear. No entanto, a possibilidade de uma intervenção militar também pode ser vista como uma faca de dois gumes, com a potencialidade de resultar em um conflito prolongado e de consequências imprevisíveis.

O que é fato é que tão logo o governo iraniano obtenha a tão desejada bomba nuclear, o primeiro artefato desse tipo irá ser lançado contra Israel. A dinâmica do conflito é complexa, envolvendo não apenas os interesses de Israel e Irã, mas também as reações de outras potências, como os Estados Unidos e países europeus, que, historicamente, têm mediado ou influenciado a situação na região. O que se observa é um cenário de incerteza, onde as decisões tomadas podem ter repercussões significativas para a paz e a segurança no Oriente Médio e além. Portanto, todas as análises venham sugerir um caminho claro e direto para a resolução do conflito, a realidade geopolítica é muito mais intrincada, e a busca por soluções pacíficas e diplomáticas continua sendo uma necessidade cada vez mais distante nesse caso.

Os iatolás provocaram o quanto puderam a poderosa máquina de guerra de Israel. Uma vez movimentada com toda a sua capacidade e enormidade, dificilmente essa máquina poderá ser interrompida de imediato. O que ninguém ignora é que as tensões entre Israel e Irã podem ter impactos significativos na economia da região do Oriente Médio de várias maneiras. A começar pela insegurança e instabilidade. Conflitos armados ou mesmo a ameaça de um ataque militar criam um ambiente de incerteza, levando a uma redução nos investimentos estrangeiros e no turismo. Por outro lado, a instabilidade pode desencorajar empresas de operar na região, afetando o crescimento econômico. Também é bom lembrar que o Oriente Médio é um dos principais centros de produção de petróleo e gás do mundo.

Aumentos nas tensões podem levar a flutuações nos preços do petróleo, impactando economias que dependem fortemente das exportações de energia. Conflitos podem resultar em interrupções na produção ou transporte de petróleo, o que teria um efeito cascata na economia global. Outro aspecto diz respeito ao deslocamento de refugiados. O que é certo é que essa guerra como as demais começam de um jeito e acabam de uma forma totalmente diferente de seus objetivos originais. De toda a forma é bom saber que Israel está no domínio de mais esses radicais.

A frase que foi pronunciada: “A guerra não determina quem está certo – apenas quem sobra.” (Bertrand Russell)

Antigo CEUB: Nos anos 80, era o professor de Economia, Rosiu Ovidio Petre Octavian, quem não deixava os universitários se rebelarem. Contava de onde veio, como era e o que ele e a família sofreram. Falando nos olhos dos alunos que observavam as lágrimas se formando, ninguém quis se aventurar ao desconhecido.


Circe Cunha e Mamfil – Coluna “Visto, lido e ouvido “ – Ari Cunha - Foto: Wisam Hashlamoun/Anadolu via Getty Images - Bertrand Russell. Foto: en.wikipedia.or – Correio Braziliense


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